(Cuiabá) Depois de receber denúncias de que os bancários do Banco do Brasil em Poconé, município localizado a 100 km de Cuiabá, estariam exercendo suas funções sem as condições necessárias de trabalho, os dirigentes sindicais do Sindicato dos Bancários e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso (Seeb/MT), foi até a cidade para buscar junto com os trabalhadores e clientes uma forma de reivindicar mudanças urgentes, principalmente, quanto à contratação de funcionários.
“A nossa ida à Poconé foi a maneira encontrada pelo Sindicato para mostrar à Superintendência o Banco do Brasil que muita coisa precisa mudar, já que o banco tem condições de sobra para isso”, afirma o presidente do Seeb/MT, Arilson da Silva.
Durante a manifestação clientes disseram aos dirigentes sindicais, que ficam mais de três, quatro horas na fila aguardando atendimento. Num e-mail enviado ao Sindicato, uma cidadã de Poconé diz que durante o carnaval, clientes iam à casa dos funcionários, reclamar do não funcionamento dos caixas eletrônicos. “Um total desrespeito do banco com seus empregados e com seus clientes”, diz o secretário de Imprensa do Seeb/MT e bancário do BB, Alex Silva.
Na quarta-feira, 13, a direção do Seeb/MT protocolou na junto à Delegacia Regional do Trabalho, uma denúncia, pedindo a fiscalização do órgão junto ao banco. Com isso, o Seeb/MT pretende mudar essa realidade em Poconé e fazer com que o Banco do Brasil cumpra com suas obrigações.
“Essa não é a primeira vez que o Sindicato cobra a responsabilidade do Banco do Brasil em Poconé. O número de funcionários é totalmente insuficiente para prestar atendimento à população e os trabalhadores da agência estão, a cada dia, mais e mais estressados com o assédio moral por parte dos clientes e com a sobrecarga de trabalho”, relata o presidente do Sindicato.
As denúncias relatadas à direção do Seeb/MT mostram que faltam funcionários, e que os que têm, estão todos sobrecarregados de trabalho, obrigados a realizarem horas extras além do que permite a lei, isso sem contar com o não uso do ponto eletrônico, totalizando na maior parte dos dias da semana, mais de 14 horas de jornada.
“A direção do Sindicato já sabe que é comum no Banco do Brasil esse tipo de prática, ou seja, cobrança por metas e acúmulo de responsabilidades. Mas o pior de tudo é um bancário exercer a função que lhe é determinada e ainda ter que acumular, por exemplo, as funções de um gerente, mas isso tudo, sem receber por esse cargo”, explica Arilson da Silva. Conforme ele, o Sindicato irá cobrar da direção do BB todas as providências necessárias para resolver o problema. “Não mediremos esforços para que isso aconteça|”, finaliza.
Fonte: Neila Gonçalves – Seeb/MT