Bancários avançam na segunda mesa específica no Banpará

Os bancários do Banpará estão avançando nas negociações específicas com a direção da empresa. Na segunda rodada, realizada nesta quarta-feira (10), onde os trabalhadores foram representados por Milton Rezende, vice-presidente da Contraf-CUT; Carlindo Abelha, diretor da Contraf-CUT; Odinea Gonçalves e Rosangela Brandão, ambas diretoras do Sindicato dos bancários PA/AP e empregadas do Banpará; Kátia Furtado, presidenta da Afbepa e Sérgio Trindade, vice-presidente da Fetec-CN; a categoria conseguiu avançar em várias cláusulas, confira:

Isenção de tarifas e cobrança de juros menores – O banco estenderá para os aposentados a isenção de tarifas em operações bancárias. Porém, a empresa não concordou em cobrar juros menores, de no máximo 1%, para os empregados da ativa e aposentados nas operações de cartão de crédito, cheque especial e empréstimo. A justificativa foi de que o Banpará precisa cobrir custos e capacitação fiscal e administrativa.

Sobre a questão da redução dos juros, Odinea Gonçalves ressaltou que “houve uma época em que os juros cobrados dos funcionários da empresa era bem menor que e os juros cobrados dos demais funcionários do Estado e é lamentável que o Banpará não tenha avançado na diminuição dos juros cobrados de seus empregados”.

Freqüência livre para dirigentes sindicais – Esse foi um ponto que não teve avanço e será retomado na próxima rodada. O banco não aceitou a proposta de liberar a freqüência, com remuneração, para 4 empregados da empresa assumirem funções sindicais. Assim, fica mantida a freqüência livre para apenas 2 empregados que forem eleitos para a direção do sindicato. O banco também não aceitou liberar formalmente a freqüência para empregados que assumirem a presidência da Afbepa.

Delegados Sindicais – Os trabalhadores apresentaram a proposta de eleger 1 delegado sindical por setor no prédio da matriz e mais 1 delegado por agência ou PAB, mas o banco não aceitou e apresentou uma nova proposta. Eleger 1 delegado para cada 70 lotados na matriz (o acordo anterior previa 1 delegado para cada 80) além de 1 delegado sindical em cada unidade com mais de 10 funcionários. A comissão de negociação dos funcionários vai avaliar e responder na próxima rodada.

Liberação para participação em atividades sindicais – O banco concordou em abonar 10 dias por ano para os empregados eleitos para o sindicato, mas não liberados, assumirem suas atividades sindicais. O mesmo critério serve para os delegados sindicais. A ressalva, para ambos, é que a liberação não poderá ocorrer em período de pagamento do funcionalismo do Estado. Somente os diretores da Afbepa não foram liberados para atividades e o ponto será tratado em nova rodada de negociação.

Comissões – O banco informou que as comissões já estão sendo estudadas, mas o sindicato solicitou que esse estudo não seja conduzido de forma unilateral e propôs a formação de uma comissão paritária para avaliar e propor cargos e comissões. O banco vai responder sobre isso na próxima reunião, assim como sobre a proposta de quebra de caixa para tesoureiros e coordenadores da PAB.

Auxílio aluguel para gerentes em municípios não metropolitanos – O banco não se comprometeu em prorrogar para além de 2 anos e meio o auxílio aluguel para gerentes em municípios não metropolitanos. Porém, informou que ficará atento ao rodízio regulamentar de gerentes nesses municípios.

Auxílio deslocamento e comunicação – A diretoria do Banpará disse que está ressarcindo as despesas comprovadas de deslocamentos a trabalho e que para isso mantêm convênio com uma empresa de táxi. O banco também informou que os gerentes recebem semanalmente o auxílio-combustível.

Transparência no auxílio educação – A empresa informou que já utilizou todo o fundo reservado para o plano de auxílio educação e que o mesmo está sendo aplicado para garantir o acesso de seus empregados em curso de graduação e pós-graduação, inclusive via internet. Entretanto, o sindicato solicitou o regulamento desse plano para ter conhecimento sobre seu funcionamento, além dos números de solicitações feitas e atendidas.

Reembolso pelo fortalecimento do banco – A cláusula que trata sobre esse assunto ficou para a próxima reunião. Porém, Milton Rezende ressaltou que esse ponto dever analisado com muito cuidado pela empresa, pois a questão do reembolso representa “uma dívida social que o Banpará e o Governo do Estado têm com o grupo de funcionários que estavam na empresa em 1998, período este em que muitos empregados se endividaram, até hoje, para manter o banco no mercado”.

Licença Prêmio – O Banco não concorda em conceder licença prêmio para os funcionários novos e mantém a mesma regra.

Próxima rodada – A próxima mesa de negociações específicas no Banpará ficou agendada para a próxima quarta-feira (17), às 10h, na matriz. Os pontos de pauta dessa rodada serão:

– Expansão da rede de atendimento do PAS;

– Aporte para aposentados do PAS;

– Democratização do acesso à internet;

– Não obrigatoriedade de reconhecimento de assaltantes;

– Eleição para membros do Conselho Administrativo;

Além dos pontos pendentes na segunda rodada.

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