O debate em torno da igualdade de oportunidades para casais homoafetivos começa a surtir resultados positivos na categoria bancária. No último período, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Unibanco aceitaram em negociações com o movimento sindical a extensão da assistência médica para parceiros dependentes de mesmo sexo, bem como licença em casos de adoção. Anteriormente, os bancários do BB já haviam conquistado o direito ao “não desconto relativo às faltas no trabalho” decorrentes de falecimento de pais, filhos e também de companheiros, inclusive do mesmo sexo.
A esses avanços iniciais somou-se, no último mês de julho, a decisão do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) de incluir no plano de associados os filhos naturais ou adotivos de casais homoafetivos, seguindo as mesmas condições já estabelecidas para enteados.
“Com isso, a Cassi dá uma demonstração do vanguardismo no combate ao preconceito e à discriminação de quaisquer tipos e na luta por cidadania e de igualdade de direitos”, afirma Marcel Barros, conselheiro deliberativo eleito da Caixa de Assistência e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Para a diretora de Políticas Sociais da Fetec/CUT-SP, Maria Izabel da Silva, a Bel, tais avanços são fruto de uma luta antiga, mas que ainda requer muitos passos no sentido de garantir aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos resguardados aos casais heterossexuais.”Por isso, a Campanha Nacional dos Bancários deste ano traz, dentre seus objetivos, a luta pelo respeito nas relações humanas.
Foi, neste sentido, que a 10ª Conferência Nacional dos Bancários, no último mês de julho, aprovou a inclusão no eixo Igualdade de Oportunidades, ao lado da luta pelo cumprimento da lei de cotas para trabalhadores com deficiência e a garantia de igualdade de oportunidades para todos, a luta pela extensão dos direitos e benefícios para casais homoafetivos em todo o setor financeiro”, recorda a dirigente.
