Entidades sindicais avaliam como positiva a primeira reunião
A primeira reunião da Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários do Pará e Fetec Centro Norte com o novo presidente do Banco da Amazônia, Valmir Rossi, realizada na terça-feira (21), foi considerada positiva pelas entidades sindicais. Ele é ex-gerente regional do Banco do Brasil na América Latina e tomou posse no dia 18 de fevereiro deste ano.
O encontro foi uma resposta do banco ao ofício entregue pelo Sindicato durante a posse do novo presidente, com objetivo de iniciar uma mesa de negociações sobre diversos pontos relevantes para os empregados e empregadas do Banco da Amazônia, dentre eles melhores condições de trabalho, mais contratações, tecnologia, lateralidade, CAPAF etc.
Participaram o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, e o diretor Marco Aurélio Vaz, e o vice-presidente da Fetec-CN Sérgio Trindade.
Pelo banco, além de Rossi, estiveram presentes os diretores Wilson Evaristo e Antonio Carlos Borges e o coordenador da Comissão de Negociação do banco, Francisco Moura.
Boa impressão
As entidades sindicais consideraram a reunião como um encontro institucional cordial entre as partes, tendo como destaque a afirmativa do novo presidente de que a direção do banco pretende trabalhar pelo reforço da missão institucional do Banco da Amazônia, com fortalecimento de seu papel social para o desenvolvimento da região através do fomento ao crédito e ao microcrédito, o que já tinha sido dito pelo ministro da fazenda Guido Mantega quando anunciou a posse de Valmir Rossi.
O presidente do banco também afirmou às entidades que o governo federal não trabalha com a possibilidade de fusões ou incorporações do Banco da Amazônia por nenhuma outra instituição de crédito.
Os dirigentes sindicais reafirmaram na reunião a disposição e necessidade de dialogar em mesa permanente a pauta que foi apresentada em ofício ao banco, para que sejam dados encaminhamentos e soluções a diversos problemas vividos no dia-a-dia dos trabalhadores e trabalhadoras da instituição.
Nova reunião
Ficou indicado que a retomada da mesa específica do Banco da Amazônia ocorrerá o mais breve possível, o que depende apenas do retorno da gerente executiva de Recursos Humanos, Edwiges Lemanski, que volta das férias no dia 27 de maio.
Avaliação
Miguel considerou que “a reunião reafirmou nossa expectativa de iniciarmos um novo ciclo de debates entre os trabalhadores com o Banco da Amazônia, sobretudo ao apontar que, encaminhada a questão CAPAF, se abre a possibilidade para negociações fundamentais como o Plano de Cargos e Salários, que não é atualizado há quase vinte anos. Por isso, acreditamos que é hora de fazermos um chamado à unidade entre os empregados do banco e as entidades sindicais para lutarmos por avanços, através da nossa mobilização”.
Para Rosalina, “a reunião foi positiva, principalmente pelo consenso de que é fundamental trabalharmos pelo fortalecimento do Banco em seu caráter público para cumprir a missão institucional de fomentar o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental da Amazônia, o que necessariamente passa pela valorização dos principais agentes internos para transformar isso em realidade, que são os empregados e empregadas do Banco da Amazônia”.
Outro destaque observado por Marco Aurélio foi a afirmação de que o Banco da Amazônia pretende colocar a área tecnológica dentre suas prioridades. “O banco colocou em mesa que irá trabalhar pela internalização e fortalecimento da área da TI (Tecnologia da Informação), principalmente com a contratação de mais empregados através de concurso, esperamos que isso seja de fato colocado em prática para que a nossa categoria possa avançar nas conquistas no Banco da Amazônia”.
Sérgio Trindade ressaltou o fato de o Banco da Amazônia demonstrar interesse em discutir a CAPAF com as entidades, “principalmente quando o banco nos afirma, enquanto patrocinador, que aceita nossa demanda de discutir mudanças no regulamento da CAPAF que venham garantir uma maior participação e qualificação dos empregados para gestão e controle do fundo. Vamos trabalhar muito para transformar essas boas intenções em boas propostas para os empregados do banco”.