(São Paulo) Bancárias de vários países da América Latina e da Espanha reuniram-se na última sexta-feira, dia 23, na sede da Contraf-CUT para debater os problemas que as mulheres trabalhadoras ainda enfrentam em nosso subcontinente. Elas traçaram um quadro da situação em cada país e como as mulheres têm se organizado nos sindicatos em relação à Rede de Mulheres da UNI.
“Os sindicatos estão bastante ativos na questão de gênero e algumas conquistas legislativas e em acordos coletivos já foram garantidas. Entretanto, há muita coisa ainda por fazer, principalmente em relação à formação de dirigentes”, comenta Neide Fonseca diretora da Contraf-CUT e presidenta da UNI Mulheres.
Segundo ela, no Brasil a Rede de Mulheres está funcionando bem, com atividades e cursos. Mas nos demais países presentes à reunião há um desconhecimento do trabalho feito pela Rede, com exceção do Peru.
As dirigentes sindicais definiram durante a reunião algumas medidas para avançar nas questões de gênero e na igualdade de oportunidades. Uma das primeiras sugestões foi a elaboração de um documento cobrando dos sindicatos o cumprimento das cotas para as mulheres nas direções.
“Vamos solicitar também que um dia antes das reuniões da Rede Uni Finanças sejam realizados encontros específicos das mulheres. Também solicitamos às companheiras para que enviem para o e-mail [email protected] um relatório sobre o que cada país tem de conquistas nos acordos coletivos e na Legislação para as mulheres. Com essas informações, vamos construir um banco de dados que será disponibilizado no site da Contraf”, afirma Neide.
A rede UNI Mulheres também pretende realizar uma teleconferência no ano que vem.
Além de Neide Fonseca e da diretora da Contarf-CUT Deise Recoaro, representando o Brasil, participaram da reunião bancárias do Paraguai, Peru, Argentina, Colômbia e Espanha.
Fonte: Contraf-CUT
