(São Paulo) Os bancários de São Paulo estão assustados com a quantidade de assaltos nos locais de trabalho. Só no início desta semana, os trabalhadores estão vivendo ‘dias de terror’.
“É o verdadeiro ‘11 de setembro bancário’. Vários locais estão sendo invadidos por criminosos e os bancários e clientes são reféns de toda esta história”, diz a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira.
Nesta segunda-feira, dia 11, foram assaltadas duas agências do Banco do Brasil, na Liberdade e na avenida Rangel Pestana (zona Leste). Uma agência do Itaú também foi invadida, na avenida Pires do Rio, em Itaquera (também na Zona Leste), e outra do Unibanco, na avenida Cásper Líbero.
Nesta terça-feira, dia 12, os alvos foram agências do Unibanco do Centro de São Paulo, e uma do Santander Banespa em Osasco.
Na avaliação dos representantes dos trabalhadores do ramo financeiro, os assaltos que vêm sendo praticados contra agências bancárias nos últimos dias têm características comuns entre si. Segundo relatos, os assaltantes usam o mesmo tipo de armamento (metralhadoras e fuzis), não invadem as agências em horários de grande movimento de público (geralmente antes ou depois do horário de atendimento ao público e não usam as portas giratórias para entrar nos locais (intimidam os seguranças a liberar as entradas laterais).
Além disso, a elevação repentina do número de ocorrências contra agências bancárias também sugerem que se trata de uma ofensiva organizada, possivelmente por facções criminosas.
“Em março passado, foram um total de oito assaltos a bancos, segundo a Secretaria de Segurança Pública Estadual (de São Paulo). De sexta-feira até hoje (dia 12), já foram seis e todos praticados de forma muito semelhante”, afirma o diretor de Imprensa da CUT-SP, Daniel dos Santos Reis, que é do Sindicato e funcionário do Unibanco.
Para ele, os bancos têm grande responsabilidade sobre os últimos acontecimentos. “É preciso investir mais em segurança, em equipamentos que garantam a integridade dos trabalhadores e dos clientes, em vez de tentar tirar até as portas giratórias”.
Providências
Na próxima quinta-feira, dia 14, os bancários se encontram com a Confederação Nacional dos Vigilantes, para debater medidas de combate à atual onda de violência contra agências bancárias.
Fonte: Ricardo Negrão – Seeb SP