(São Paulo) A Contraf-CUT e o Banco do Brasil reúnem-se nesta quinta-feira, dia 31, pela manhã e à tarde para mais uma rodada de negociação. Às 11h, o tema em pauta será a Cassi. Já às 15h, o encontro vai debater a pauta de reivindicações complementares dos funcionários do BB.
Para a negociação da tarde, os representantes dos bancários esperam respostas para três importantes pendências que já estão em pauta há muito tempo, mas que o BB até agora não resolveu: o novo Plano de Cargos e Salários (PCS), o pagamento da verba fixa de R$ 31,80 do acordo coletivo de 2004 e a regularização do vale-transporte.
“São reivindicações importantes que o Banco do Brasil já vem debatendo conosco há meses. Agora queremos resolver essas pendências urgentemente para que possamos dar continuidades às negociações permanentes com a pauta limpa dessas questões antigas. Está na hora de o BB negociar com seriedade e acabar com esta enrolação”, disse Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
PCS
No caso do Plano de Cargos e Salários, o movimento sindical e o Banco do Brasil estão negociando um novo modelo desde 2003, quando foi criado um Grupo de Trabalho para elaborar um projeto. O grupo acabou, o ano terminou, novas campanhas começaram e o PCS até agora não foi resolvido.
“Queremos que o BB implante o novo modelo de PCS a partir do dia 1º de setembro, independente da data de fechamento da Campanha Nacional. O banco já tem as propostas dos bancários e a contraproposta ao PCR. Mas, há várias rodadas de negociação, a direção vem com a mesma desculpa de que está ‘precificando’ o projeto”, afirmou Milton Rezende, vice-presidente da Contraf-CUT e funcionário do BB.
Verba Fixa
A Contraf-CUT também já cobrou inúmeras vezes o pagamento de todos os meses da verba 109, de R$ 31,80, que o BB vem descumprindo para os bancários.
A partir do Acordo Coletivo de 2004, todo funcionário do Banco do Brasil com salário de até R$ 1.500 (já abrangidas as verbas fixas de natureza salarial – como AFR -, exceto ATS) recebeu um aumento de R$ 30, a título de verba 109. Mas o BB não tem pagado este valor para inúmeros comissionados que têm o Valor de Referencia de até R$ 1.590 (corrigidos pelos 6% de reajuste da última Campanha).
No dia 2 de junho, a Comissão de Empresa enviou ao banco correspondência exigindo a imediata regularização. “Quase três meses se passaram e até agora o banco não se posicionou. Isto é uma falta de respeito muito grande com o funcionalismo e queremos o fim dessa novela”, destaca William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa.
Vale-transporte
Os bancários precisaram ir ao Ministério Público para tentar regularizar o pagamento do vale-transporte. Além de dificultar o acesso ao direito, o banco elevou de forma unilateral a participação dos funcionários descontada em holerite. Em alguns casos, o valor representa um aumento de 100%. “Está na hora de menos retórica e mais ação na responsabilidade socioambiental”, finalizou William Mendes.
Cassi
A última rodada de negociação sobre a Cassi, realizada na quinta-feira passada, terminou sem avanços. As discussões centradas exclusivamente nas questões da Caixa de Assistência continuaram em impasse. “As negociações estão muito devagar, o banco nos trouxe algumas propostas, mas elas são muito tímidas. Não são suficientes para resolver os problemas estruturais da Cassi, que precisam de soluções urgentes. Esperamos soluções para esta semana”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.
Reunião
Como as duas negociações com o banco só foram confirmadas nesta segunda-feira à noite, a Comissão de Empresa não terá tempo hábil para reunir-se antes do dia 31. Segundo Marcel, a reunião será após as negociações. Ela ficou marcada para o dia 1º de setembro, na sede da Contraf-CUT em Brasília. Os membros da Comissão devem confirmar presença ou justificar ausência pelo e-mail [email protected]
Fonte: Contraf-CUT