(São Paulo) De Norte a Sul do país, os bancários do Unibanco realizam durante toda esta semana (
Segundo Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Unibanco, o assédio moral na empresa está muito acima da média sofrida pela categoria, que já é alta. “A pesquisa divulgada pela Contraf-CUT mostra que 40% dos bancários admitem que já sofreram assédio moral no trabalho. Mas no Unibanco este número é bem maior, graças às metas inatingíveis impostas pela direção que transformaram os bancários em verdadeiros vendedores de produtos e serviços”, explica.
Jair conta que a pressão para atingir as metas tem causado uma série de problemas para a saúde dos bancários. “A Contraf-CUT está recebendo vários relatos no Brasil inteiro sobre o assédio moral no Unibanco. Muitos bancários estão passando por graves problemas psicológicos. Alguns são afastados, mas aí a situação piora porque o banco não reconhece o problema como acidente de trabalho, não emite o CAT e o bancário acaba perdendo parte do salário”, explica.
Para Valeska Pincovai, diretora da Fetec São Paulo e funcionária do Unibanco, o assédio moral está acabando com a saúde dos bancários e, com o agravamento do problema, o tema se transformou num dos eixos da Campanha Nacional deste ano. “Nosso objetivo é combatê-lo, inclusive garantindo um item específico na Convenção Coletiva”, afirma.
Além dos problemas relacionados à saúde mental, as metas exacerbadas estão aumentando o número de doenças ocupacionais, como as LER/DORT. “Mesmo depois do afastamento, os bancários continuam sofrendo com o assédio moral. O Unibanco tem enviado seus médicos para a casa do empregado só para conferir se ele realmente está sem condições de voltar ao trabalho. O assédio moral é constante. Por isso é importante que todos participem das atividades desta semana de lutas. Só assim, com mobilização, vamos conseguir melhorar as condições de trabalho no Unibanco”, finalizou Valeska.
Fonte: Contraf-CUT