(Porto Alegre) Os bancários gaúchos cobraram medidas imediatas de prevenção contra assaltos e seqüestros, durante a retomada do Grupo Interinstitucional de Trabalho sobre Segurança Bancária, ocorrida na manhã desta quinta-feira, dia 31 de janeiro, na Secretaria da Segurança Pública, no centro de Porto Alegre. Nos próximos dias, será publicada uma portaria no Diário Oficial do Estado, estabelecendo a manutenção do grupo no governo Yeda, sendo integrado por bancários, vigilantes, bancos, Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público. Nova reunião ocorrerá no dia 14 de março.
O tenente-coronel Flávio da Silva Lopes presidiu a reunião, que contou com a presença da secretária substituta Ana Perini. Ele também anunciou que o grupo será coordenado pelo Departamento de Relações Comunitárias. “Vamos tomar medidas preventivas e cauteladoras, visando reduzir a sensação de insegurança e diminuir o medo”, afirmou. Perini disse que “é muito importante a retomada do grupo e que o foco principal é oferecer melhor segurança para a sociedade”.
Participaram da reunião o diretor do Sindicato de Porto Alegre, Ademir Wiederkehr, e o diretor da Federação dos Bancários do RS, Luiz Carlos Barbosa. Também compareceram representantes do Sindicato dos Vigilantes, Associação dos Bancos no RS, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander Banespa, Sicredi, Banco da Amazônia, ABN Real, Sudameris e Matone.
Ademir destacou que em janeiro foram registrados 16 ataques a bancos no Estado, conforme levantamento do Sindicato, com base em notícias da imprensa e informações da categoria. “Não queremos faroeste nos bancos e sim a proteção da vida de bancários, vigilantes e clientes”, ressaltou lembrando o recente assalto ao Itaú, quando duas bancárias foram baleadas. Ele pediu mais policiamento nas ruas, bem como a instalação da porta giratória antes do auto-atendimento, câmeras de vídeo com monitoramento externo e vidros com grades nas agências e postos.
O dirigente sindical também lamentou a exposição do nome e da foto da gerente seqüestrada da agência Moinhos de Vento, do Banco do Brasil, nos jornais Zero Hora, Diário Gaúcho e O Sul. “A imprensa deve noticiar os fatos, mas preservar a imagem das pessoas que sofreram violência”, afirmou recebendo o apoio dos demais representantes. “Vamos contatar esses veículos para expressar essa posição, a fim de evitar esse tratamento em outras ocorrências”.
Barbosa cobrou mais empenho e investimentos dos bancos em segurança. “Muitas agências no interior do Estado sequer possuem porta giratória com detector de metais”, denunciou. Ele também lamentou a falta de avanços nas negociações com os bancos e disse que espera que em 2007 as reuniões tenham resultados práticos na melhoria da segurança para trabalhadores e usuários.
Ao final, o representante da Secretaria da Segurança Pública ressaltou que o Dique-Denúncia (151) continua à disposição da sociedade para o recebimento de quaisquer ocorrências, como assaltos, seqüestros, furtos e arrombamentos, sem necessidade de identificação e com garantia de sigilo das informações.
Fonte: Seeb PoA
