(Rio) Por decisão da plenária do Sistema Diretivo, a Federação do RJ/ES vai passar a fazer parte da coordenação política da coordenação estadual da Campanha pela Anulação do Leilão da Vale do Rio Doce. Os diretores Edson Chaves e Vinícius Codeço são os representantes da entidade.
Privatizada em 1997 com um leilão na extinta Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a Vale do Rio Doce foi vendida por um preço muito abaixo de seu valor de mercado. Avaliada em R$ 92 bilhões, foi vendida por R$ 3,3 bilhões. Só no primeiro ano depois da venda, o lucro da empresa foi de R$ 10 bilhões. “Vendemos o patrimônio público a preço de banana”, lembra Vinícius Codeço.
Além da subavaliação, o leilão foi marcado por irregularidades, como a presença de empresas que participaram da avaliação da Vale entre os compradores. O Bradesco é uma destas companhias. Por conta destes problemas, a venda está sendo questionada por 16 ações judiciais, que reivindicam a anulação do leilão e a reintegração da Vale do Rio Doce ao patrimônio do Estado. “Esta campanha vai na mesma linha do que está acontecendo na Venezuela, na Bolívia e no Equador, onde o patrimônio público que foi privatizado está sendo nacionalizado novamente”, compara Vinícius.
Agenda
Hoje e amanhã, em Brasília, no final do Congresso do MST, haverá reunião da Coordenação Nacional da Campanha. O comitê estadual do Rio de Janeiro se reúne na próxima terça-feira. Em julho acontecem em todo o Brasil os Encontros dos Mil, eventos que têm por objetivo reunir, em cada estado, mil multiplicadores que serão capacitados para divulgar e fortalecer a campanha. Em setembro, na Semana da Pátria – entre 1º e 7 – será realizado um Plebiscito Popular pela anulação do leilão.
Fonte: Feeb RJ/ES