(São Paulo) Os bancários do Rio Grande do Norte apostaram na unidade e, com 61,48% dos votos, mantiveram o Sindicato filiado à CUT e à Contraf. O plebiscito ocorreu durante toda a semana passada e, ao todo, 1.143 (61,48%) bancários votaram pela permanência contra 674 (36,26%) pela desfiliação, uma diferença de 469 votos. Com o plebiscito, os bancários derrotaram a posição defendida pela maioria dos dirigentes do Sindicato, ligada ao PSTU.
“Os bancários do Rio Grande do Norte estão de parabéns pela decisão, que fortalece todo o movimento sindical bancário. Mais de 90% dos nossos sindicatos estão filiados à CUT e à Contraf e desfiliar-se dessas entidades é enfraquecer a luta dos trabalhadores e isolar a categoria no Estado do restante do país. É uma aventura perigosa, que os bancários compreenderam e derrotaram a posição radical do PSTU”, comentou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Para Miguel Pereira, secretário de Finanças da Contraf, os bancários potiguares entenderam a importância da unidade com o restante do país ao manter a filiação à CUT e à Contraf. “O resultado das urnas mostra que os trabalhadores não querem retrocessos, como seria o isolamento. Somos a única categoria com uma Convenção Coletiva Nacional que dá os mesmos direitos ao bancário do Oiapoque e do Chuí. Uma conquista que veio com muita luta e que correria sério risco se os bancários perdessem a unidade nacional que hoje serve de exemplo para todos os trabalhadores”, comentou.
Eduardo Navarro, também diretor da Contraf, afirma que ao dizer “sim” à permanência na CUT, os bancários do Rio Grande do Norte mostraram como deve seguir o movimento da categoria em nível nacional: unido, coerente, amplo. “Passadas as emoções do plebiscito, agora os bancários estão de mãos juntas contra a exploração dos banqueiros e a favor da dignidade e pela luta constante por seus direitos”, destacou.
Em praticamente todos os sindicatos, das mais variadas categorias, o debate sobre a desfiliação da CUT derrotou a iniciativa. “Esperamos que este exemplo seja seguido pelos bancários de Passo Fundo, que no momento estão fazendo esse debate a partir de uma proposta de parte da diretoria do Sindicato local, que é ligada ao PSTU. Os bancários do Rio Grande do Sul sempre foram importantes na luta nacional e isolar-se significa fortalecer os banqueiros”, disse Paulo Stekel, diretor da Contraf.
Fonte: Contraf-CUT
