(Curitiba) A possibilidade de novas conquistas para a categoria bancária tem sido um fator motivador para os trabalhadores de base, isto é, aqueles que estão atuando diretamente nas unidades bancárias. Quando há avanços nas negociações entre o Sindicato e os bancos são eles os principais beneficiados. Em 2007, com a proximidade da Campanha Salarial, os bancários e demais trabalhadores do ramo financeiro (financiários e cooperativários) já vislumbram um cenário de novas conquistas.
A expectativa parte da premissa de que o movimento sindical bancário está ainda mais fortalecido este ano. Desde que a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) foi criada, no começo do ano passado, os Sindicatos passaram a ter um suporte mais adequado para realizar seus projetos e incrementar ações unificadas. “A mobilização aumentou”, destaca o trabalhador bancário no Bradesco, Gilberto Gedeão Soares, secretário de Saúde da Fetec-CUT-PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná).
Trabalhador bancário do Unibanco
“Percebi durante a conferência um ambiente muito favorável à reflexão e ao debate e o que senti é que precisamos sonhar alto para avançarmos ainda mais este ano. Enquanto o banqueiro faz de tudo para ter um lucro de 20%, 30%, nós buscamos menos, portanto, não podemos nos acomodar com pouco. É preciso ter objetivos maiores, pois somos uma categoria forte e unida”, explicou, argumentando que a participação de todos mostra organização e isso gera uma “reação em cadeia”, ou seja, toda a categoria acaba se envolvendo. “Às vezes, há o medo de se expor e perder aquilo que já conquistamos. Mas se caminharmos unidos nesta campanha, certamente, todos serão beneficiados”, concluiu.
Luciana Roberta Bellia é trabalhadora bancária no ABN Real em Londrina e também participou pela primeira vez este ano, da Conferência Estadual. Luciana se surpreendeu positivamente com a organização e o engajamento dos dirigentes sindicais durante o evento. Segundo ela, tanto nos grupos dos bancos, quanto nos debates específicos houve consenso e isso é uma mostra de que os trabalhadores do ramo financeiro sabem onde estão indo e aonde querem chegar.
“Quem foi à conferência, foi porque quer mudanças na relação capital – trabalho. Precisamos mostrar aos banqueiros que não somos números como eles pensam que somos. Pra isso, precisamos ser proativos e nos unirmos a fim de resistir a qualquer artimanha que venha a ocasionar perdas para a categoria. Sem união, não há mobilização”, alerta.
Conferência Nacional
A Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro tem início nesta quinta-feira (27),
Fonte: Edson Junior- Fetec PR