(São Paulo) Os funcionários do Banco Mercantil do Brasil (BMB) realizaram nesta sexta-feira (10) um Dia Nacional de Lutas com protestos em todo o país. O objetivo das manifestações e paralisações foi mostrar o descaso do banco nas negociações, além das péssimas condições de trabalho.
“Os funcionários sofrem todo tipo de pressão para cumprirem metas absurdas, ao mesmo tempo em que são acometidos por sérios problemas de saúde devido a péssimas condições de trabalho, extrapolação da jornada, assédio moral nas dependências do banco e falta de móveis adequados nas agências. Os bancários também sofrem com cortes operacionais absurdos, sendo que o banco chegou ao cúmulo de tirar o lanche daqueles que são os principais responsáveis pelo crescimento do patrimônio da empresa. Os clientes também já não suportam mais as longas filas, a cobrança de tarifas abusivas e o descaso do banco frente às reclamações”, diz trecho do manifesto lido nas agências.
Em outubro, a direção do Mercantil frustrou ainda mais os bancários ao comunicar que não pagará em novembro a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) adicional. Além disso, o valor pago pelo Mercantil não reflete o esforço e a dedicação dos funcionários.
“A atitude do banco demonstra toda a frieza e indiferença com que a direção trata aqueles que suam a camisa para construir o patrimônio da empresa. Diante de todo esse descaso, os funcionários e os seus representantes, juntamente com os sindicatos de bancários de todo o país estão fazendo hoje o ‘Dia Nacional de Lutas contra o Atraso no Mercantil do Brasil’”, diz outro trecho.
Giro pelo país
Em Belo Horizonte, mais de 800 bancários participaram das atividades do Dia Nacional em frente à agência da Praça 7, no centro da Capital mineira. Durante o ato, o Sindicato distribuiu uma carta aberta aos funcionários e clientes. O Sindicato distribuiu cerca de 300 cachorros quentes à população como forma de protesto.
Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato de BH, Marco Aurélio Alves, está passando da hora da alta direção do banco proporcionar melhor qualidade de vida aos seus funcionários. “O banco precisa mudar a sua política em relação aos seus funcionários melhorando as condições de trabalho e valorizando o seu pessoal que é o seu maior patrimônio”, ressaltou.
Em Brasília, o dia de luta no BMB foi marcado por manifestações nas agências da 507 Sul, e entrega da carta aberta ao clientes nas agencias do SCS e Setor de Indústria.
No Rio de Janeiro, os bancários atrasaram a abertura das agências em uma hora na 7 de Setembro (agência e prédio) e na Rio Branco. Houve distribuição de cachorro quente dentro e fora da agência para os clientes e funcionários. Em Niterói, o Sindicato retardou em duas horas a abertura da Agência Niterói do Banco Mercantil do Brasil com distribuição de Carta Aberta à População.
Em Feira de Santana, na Bahia, houve paralisação no BMB até às 12h.
Em Blumenau, Santa Catarina, o Sindicato realizou manifestação, retardando em uma hora a abertura da única agência na cidade. Um panfleto foi distribuído aos clientes e usuários do banco explicando os motivos da paralisação de uma hora e denunciando as péssimas condições de trabalho dos funcionários.
Fonte: Contraf-CUT, com informações dos Seebs
