Banc rios do HSBC garantem 14 reintegra‡äes no Rio de Janeiro

(Rio) A mesa-redonda entre o HSBC e representantes da Federação RJ/ES e dos sindicatos filiados, que aconteceu dia 12, foi uma das melhores negociações dos últimos anos para o sindicalismo bancário fluminense. Foram reintegrados 14 bancários dispensados na última onda de demissões em massa que aconteceu no banco. Um bancário demitido preferiu reivindicar seus direitos junto à Justiça do Trabalho e seu caso ficou de fora da negociação. Todos os que serão reconduzidos a seus empregos são da base dos sindicatos da Baixada Fluminense e de Niterói e Região. Ficaram pendentes, para serem avaliados pelo banco, mais quatro casos, sendo um de Campos, um da Baixada Fluminense, um do Rio de Janeiro e um de Angra dos Reis. Em todos, o banco alegou que a negativa para a reintegração se deveu a problemas de documentação irregular ou insuficiente. Ficou acordado que tanto os representantes do banco, quanto os sindicalistas vão apresentar todos os papéis que ficaram faltando no menor tempo possível.

 

Todos os reintegrados, mais os pendentes, são trabalhadores que apresentaram doença ocupacional – LER – comprovada por exames e laudos médicos. Mesmo assim, todos os bancários doentes foram considerados aptos ao trabalho pelo médico do banco que os examinou tanto nos exames anuais, quanto na ocasião da demissão. “Esta negociação foi um avanço importante, porque abre um precedente do reconhecimento da gravidade das doenças ocupacionais na categoria bancária. E também põe abaixo a credibilidade dos exames periódicos e demissionais do banco, que deram laudo de aptidão para todos os bancários doentes que foram dispensados pelo banco”, destaca Rubens Branquinho, representante da Federação na COE do HSBC.

 

As três demissões por razões administrativas foram mantidas, porque o banco alegou que as funções que os dispensados desempenhavam foram extintas e, portanto, não havia como reconduzi-los a seus postos de trabalho. Entre estes casos, houve bancários que preferiram a demissão, alegando que já não agüentavam mais trabalhar no banco, pois o salário não era bom o bastante para compensar o assedio moral, a pressão pelo cumprimento de metas e os problemas cotidianos do trabalho.

 

A rápida mobilização dos sindicatos no tratamento do problema das demissões em massa foi decisiva para o sucesso alcançado nesta negociação. “Podemos considerar que a mesa na DRT foi positiva. Foi o maior número de cancelamento de demissões no Brasil. Isso é fruto do trabalho organizado da Federação e de todos os sindicatos do estado, que estiveram presentes e participaram deste processo, que já se arrasta há dois meses, mas que consideramos vitorioso. Para nós, dirigentes, não há satisfação maior que contribuir para o resgate do trabalho e, conseqüentemente, do respeito e da auto-estima destes bancários, que sofreram com a perda momentânea dos seus empregos. Gostaria de destacar o papel dos sindicatos e da Comissão de Empresa do HSBC no estado do Rio de Janeiro, que foram fundamentais para que tivéssemos êxito”, avalia Fabiano Júnior, presidente da Federação.

 

Demissão em Angra dos Reis

O Sindicato de Angra dos Reis repudia a postura do Unibanco, que de forma arbitrária demitiu um funcionário a beira de completar 30 anos de banco. Este trabalhador era gerente administrativo da agência Angra dos Reis e tem um histórico de doença adquirida durante os 30 anos de trabalho.

 

Em 2000, o funcionário ficou um ano e meio de licença médica, onde foi emitida CAT pelo próprio Unibanco e confirmado o acidente de trabalho pelo perito do INSS. Voltou ao batente com a recomendação do INSS de trabalhar em outras funções, mas o banco ignorou e manteve o funcionário nas mesmas funções.

 

No último dia 7 de maio, o funcionário foi demitido. O Sindicato tentou politicamente, em contato telefônico com a diretoria de Relações do Trabalho, o cancelamento da demissão. “Emitimos a CAT e o INSS reconheceu que o trabalhador encontra-se doente, concedendo benefício no código 91. É um desrespeito o que o Unibanco vem fazendo com os bancários doentes”, disse Clóvis Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis.

 

Fonte: Feeb RJ/ES

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