(São Paulo) Os bancários do departamento de compras do Bradesco em Cidade de Deus denunciam ao Sindicato de São Paulo o assédio moral imposto pelo banco. A lista de maldades é imensa: pressão no local de trabalho, desrespeito por parte da chefia, velhas ameaças “se você não quiser trabalhar tem pessoas de olho em seu emprego”, além de reclamações de sobrecarga de trabalho e longas jornadas.
Não é à-toa que o “Circo de Só Lesionados”, fez uma apresentação especial em Cidade de Deus, em mais uma atividade de protesto contra o assédio moral. “Já comunicamos ao banco essa situação inaceitável que só tem provocando o adoecimento dos trabalhadores, mas até agora o Bradesco não tomou providências. O banco tem de estabelecer, com urgência, condições dignas de trabalho no departamento. Vamos acompanhar a situação e cobrar as mudanças necessárias, ” disse Osvaldo Caitano, diretor da Fetec/CUT-SP.
O fim do assédio moral é uma das reivindicações da Campanha Nacional Unificada deste ano. Na terceira rodada de negociação os bancários arrancaram uma importante conquista, com a criação de um Grupo de Trabalho (GT) bipartite para discutir a realidade do assédio moral nos bancos. Com esse acordo a Fenaban reconheceu a prática abusiva nos bancos brasileiros. O GT será instalado 30 dias após assinatura do acordo coletivo e terá 180 dias para apresentar definições que levem ao fim das pressões abusivas nos locais de trabalho.
Fonte: Elisângela Cordeiro – Seeb SP