(São Paulo) Os funcionários do Banco do Brasil terão que mostrar muita garra e companheirismo em uma luta que pode levar à greve da categoria nos próximos meses.
O BB vem desrespeitando o Ministério Público do Trabalho com relação aos SESMTs e tem mandado terceirizá-los.
Os estagiários de bancos devem ganhar o mesmo salário que os escriturários ganham proporcional à jornada e o BB, através de entidades como o CIEE, mas a empresa tem burlado a regra, pagando menos que um Salário Mínimo.
“O BB está promovendo um verdadeiro ataque ao posto de trabalho bancário. O banco esta desrespeitando acordo feito com o movimento sindical à época da criação das centrais de telemarketing, pois se comprometeu a ter cerca de 80% dos postos de trabalho preenchidos por bancários com todos os direitos. Hoje o que temos é o inverso”, afirma William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB pela Fetec São Paulo.
Para o dirigente, a extinção dos caixas executivos está em processo avançado, pois o BB, de forma absurda e irresponsável, faz a terceirização dos envelopes de auto-atendimento. “Segundo informações de colegas de várias agências, os gestores já estão ameaçando cortar as dotações de caixas e aterrorizando os bancários. Existem milhares de caixas executivos no banco e o movimento sindical não aceitará esse processo”, explica.
William destaca que todos os funcionários do BB devem discutir o assunto e ter claro que o que está em processo é o ataque aos direitos e o desejo de impor um perfil de banco de mercado sem nenhuma responsabilidade social e ética. “É hora de dizer que queremos um banco público e com funções de banco público mesmo”, finaliza.
Fonte: Contraf-CUT
