(São Paulo) Os bancários do Banco do Brasil promovem nesta quarta-feira, 30, um Dia de Luta, com paralisações e manifestações em todo o país. A atividade, definida no Encontro Nacional de sábado, integra o calendário de mobilizações contra o plano de reestruturação do BB, também conhecido como “pacotão de maldades”, que provocará demissões, fechamento de unidades e aumento da terceirização.
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Marcel Barros, destacou a importância dos trabalhadores participarem das atividades propostas pelos sindicatos. “Temos que mostrar pressão para que o banco recue com esse pacote e a terceirização. Vamos também fazer campanha para toda a sociedade mostrando que a direção do banco e o governo estão adotando uma postura totalmente equivocada em relação ao BB. Mas como sempre o que fará a diferença é nossa mobilização”, ressaltou.
O calendário de lutas dos bancários do BB inclui a antecipação do Congresso Nacional dos Funcionários, que terá como tema principal o papel do Banco do Brasil no desenvolvimento do país e no sistema financeiro nacional, além das questões específicas do funcionalismo.
Veja abaixo a sugestão de carta aberta que deverá ser distribuídas aos clientes e usuários durante as manifestações da campanha.
Carta Aberta
Filas vão aumentar e o serviço piorar
Direção do Banco do Brasil reduz número de caixas nas agências e piora serviço oferecido aos clientes e usuários
Nos próximos dias, os clientes do Banco do Brasil ficarão muito mais tempo nas filas dos caixas para serem atendidos. Isso porque a direção da empresa decidiu, sem consultar ninguém, muito menos você cliente e usuário, reduzir em 4.300 o número de caixas que atendem nos guichês.
Ou seja, para quem espera 30 minutos ou até 1 hora para ser atendido, a demora será ainda maior. Para se ter uma idéia da redução, há casos de agências com seis caixas que passarão a ter dois. Locais com quatro caixas terão apenas um.
Por que a mudança?
O Banco do Brasil, que em 2008 completará duzentos anos, foi criado com uma função social. Isso significa ajudar o país a crescer e atender a todos os segmentos da sociedade, na cidade ou no campo, indistintamente.
No entanto, o que a atual gestão pretende é que a instituição financeira não mais cumpra esse papel. O BB vai piorar o atendimento ao cidadão que tenha renda inferior a R$ 2 mil, dificultando a essas pessoas o acesso às agências.
Com isso o banco público atenderia apenas os clientes com mais “recursos” para empurrar-lhes produtos como o BrasilCap, Brasilprev entre outros que, embora induzam a crer que pertencem ao BB, na verdade, são de empresas privadas que trazem retorno inexpressivo à instituição como um todo.
O que fazer?
Os sindicatos de bancários estão em plena campanha para que o Banco do Brasil suspenda essa medida. Por isso têm realizado várias atividades, esclarecendo os clientes de como serão prejudicados com as mudanças.
O cliente e usuário do BB também pode participar dessa luta, cobrando do banco e do Governo Federal, que é o acionista controlador, a ampliação e não a redução de caixas nas agências. Os telefones e e-mails que você pode acessar estão abaixo:
Ouvidoria do Banco do Brasil
Central de Atendimento
4004-0001 – Capitais e regiões metropolitanas
0800.729.0001 – Outras localidades
Ouvidoria do Banco Central
www.bcb.gov.br
Fonte: Contraf-CUT