Banc rios de BH param nesta ter‡a contra a enrola‡Æo

(Belo Horizonte) Os bancários de todo país estão paralisando as agências dos bancos dia 26, para exigir mais empregos, salários dignos, saúde, educação e igualdade de oportunidades.

 

Os bancários entregaram suas reivindicações há 48 dias, mas até agora os banqueiros não apresentaram nenhuma proposta. Diante de tanta enrolação, em uma assembléia cerca de 250 participantes, os bancários de BH e região decidiram entrar em greve por 24h. A greve irá pressionar os banqueiros a apresentarem uma proposta na negociação que acontece dia 27. Na quinta-feira, dia 28, uma nova assembléia decidirá sobre os rumos da campanha.

 

Sabemos que uma paralisação causa transtornos, mas esta é a única forma de exigir que os banqueiros atendam às reivindicações dos funcionários e invistam na melhoria do atendimento aos clientes e usuários dos bancos, acabando com as filas quilométricas através da contratação de mais trabalhadores e criando novos postos de trabalho. É inadmissível que o setor financeiro, que é o que mais lucra no país, continue explorando os clientes com a maior taxa de juros do mundo e tarifas absurdas sem dar nenhuma contrapartida social.

 

A cada ano, os lucros dos banqueiros atingem cifras astronômicas que superam de longe as empresas do setor produtivo – que são aquelas que na verdade produzem as riquezas e o desenvolvimento para o país. Para se ter uma idéia, somente no primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil teve um lucro de R$ 3,9 bilhões, o Bradesco de R$ 3,1 bilhões e o Itaú R$ 2,95 bilhões.

 

Mesmo com tamanho lucro, os bancos se recusam a aumentar o salário de seus funcionários e a atender várias reivindicações que gerariam empregos e beneficiariam o país. Também se negam a investir em segurança, colocando em risco a vida de funcionários, clientes e usuários.

 

Boa parte dos lucros dos bancos vêm das taxas absurdas cobradas pela prestação de serviços aos clientes, que, ainda assim, ficam horas na fila a espera de atendimento. A cada dia os banqueiros criam uma nova taxa, mas o serviço não melhora, pois não há contratação de funcionários. Somente com a arrecadação de tarifas eles pagam toda a folha de pagamento e ainda sobram milhões. Por isso, entre as reivindicações dos bancários está a ampliação do horário de atendimento dos bancos, com dois turnos de trabalho, o que beneficiaria não só os clientes, mas criaria milhares de postos de trabalho.

 

Os banqueiros ainda estabelecem metas de vendas inatingíveis para os funcionários, gerando um número cada dia maior de pessoas afetadas por doenças ocupacionais. Muitos desses funcionários ficam impossibilitados de trabalhar e são aposentados pelo INSS – ou seja, o dinheiro público é usado para pagar a irresponsabilidade dos bancos com os funcionários.

 

Fonte: Seeb BH

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