(Maceió) O Dia do Bancário foi lembrado ontem com manifestações de protesto em Alagoas e no Brasil. O principal alvo da categoria foi o assédio moral dos bancos, problema que tem crescido e gerado inúmeros problemas de saúde nos trabalhadores. A categoria também aproveitou para protestar contra a falta de avanços nas negociações da Campanha, exigindo que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresente uma proposta séria de acordo na reunião desta terça-feira.
Em Maceió, os protestos do Dia do Bancário se concentraram nas agências do Centro. A exemplo da semana passada, quando foram distribuídas fatias de bolo com a população, o Sindicato distribuiu pequenos bolos aos clientes e usuários, para lembrar o lucro recorde das instituições financeiras e exigir a divisão desse lucro com os trabalhadores e a sociedade.
O presidente do Sindicato, Sérgio Braga, lembrou que o desempenho dos bancos é fruto da exploração dos bancários – que são obrigados a trabalhar demais e cumprir metas abusivas sem qualquer compensação – e da exploração dos clientes e usuários – obrigados a conviver com tarifas absurdas e pagar juros extorsivos, sem retorno na segurança e na melhoria do atendimento.
As manifestações em Maceió foram acompanhadas de apresentações teatrais satirizando a intransigência dos banqueiros. Atores portando galhos de arruda simularam um apelo místico e religioso, para convencer os banqueiros a atenderem as reivindicações dos bancários e clientes, melhorando os salários, dividindo o lucro, extinguindo tarifas e reduzindo os juros. Mais de dez agências do Bradesco, Itaú, Banespa, Safra, Sudameris, Real, Unibanco e Caixa Econômica foram alvos dos protestos. As manifestações tiveram continuidade na manhã desta terça-feira nas agências do calçadão do Comércio.
Fonte: Seeb Alagoas
