Avançou a definição de medidas de segurança nas operações de transporte de valores e abastecimento de caixas eletrônicos, durante a sexta mediação na Procuradoria-Geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), ocorrida na tarde desta sexta-feira, dia 10, em Brasília.
Após 14 meses de debates entre bancários, vigilantes, bancos e empresas transportadoras, foi construído um documento com os procedimentos negociados, visando garantir mais segurança para os trabalhadores. O texto será agora apreciado pelas partes até a próxima sexta-feira, dia 17, para depois ser assinado em instrumento a ser estabelecido.
Participaram da mediação dirigentes da Contraf-CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), Febraban, Fenavist e Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV). A mediação foi coordenada pelo chefe de gabinete do Procurador-Geral do Trabalho, Ricardo Brito Pereira, e o assessor especial do Procurador-Geral do Trabalho, Clóvis Curado.
Transporte de Valores
“A mediação avançou, na medida em que a Febraban ficou de adotar, junto com os bancos, providências para coibir o transporte de valores pelos bancários, contratando serviços especializados na forma da lei federal nº 7.102, de 1983, que trata da segurança nos estabelecimentos financeiros”, destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
A Febraban e a ABTV também ficaram de buscar soluções mais seguras para a operação de embarque e desembarque de valores, inclusive em relação aos locais de parada dos carros-fortes.
Abastecimento de caixas eletrônicos
Um dos temas discutidos foi o abastecimento dos caixas eletrônicos instalados em pontos externos. O serviço será realizado na forma de troca de cassetes ou mediante a operação de troca total de carga, trazendo mais segurança para os vigilantes.
“Os bancos também assumiram o compromisso de fazer o abastecimento pelos carros-fortes preferencialmente fora do horário de atendimento ao público, resguardadas as questões de segurança e necessidade imediata”, salienta o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.
Canal de denúncias para a Febraban
Também ficou garantido o canal de comunicação com a Febraban, através de um endereço eletrônico de relacionamento com a Contraf-CUT e a CNTV, para o recebimento de denúncias envolvendo transporte de valores e abastecimento de caixas eletrônicos. A entidade patronal dos bancos terá o prazo de cinco dias úteis, contados do recebimento dos problemas, para enviar uma resposta para a entidade demandante.
“Trata-se de outro avanço importante, mas permanece a reivindicação dos trabalhadores de ampliar esse canal para receber todas as demandas sobre insegurança nos bancos”, conclui Ademir.