Uma série de protestos por toda a América Latina encerrou nesta quinta-feira, dia 17, a Jornada Internacional de Luta dos Bancários, que exigem melhores condições de trabalho e o fim das práticas antissindicais dos bancos multinacionais. Em São Paulo, os bancários do Itaú Unibanco se encarregaram de encerrar as atividades com manifestações nos principais centros administrativos do banco (CAU, Ceic e Patriarca).
Segundo a diretora do Sindicato e funcionária do Itaú Adriana Magalhães, o objetivo dos protestos é dar visibilidade aos problemas que os bancários enfrentam diariamente e ampliar a mobilização internacional da categoria. “O Itaú Unibanco, após a fusão, está ampliando sua atuação pelo mundo, mas em todos os países os bancários sofrem com diversos problemas. Por isso estamos aumentando a união e organização da categoria em nível mundial. Juntos, somos mais fortes”, ressalta.
Além dos bancários do Itaú Unibanco, participaram da Jornada Internacional de Lutas ao longo desta semana os funcionários do Banco do Brasil, Santander Real e HSBC. Os sindicatos também distribuíram boletins informativos sobre a Jornada nos bancos públicos. Em outros países, a mobilização envolveu também os trabalhadores do BBVA, banco que não atua mais no Brasil.
União internacional
Desde 2001 os bancários estão se organizando internacionalmente para enfrentar problemas comuns que atingem os locais de trabalho mundo afora. Por meio da UNI (Union Network International), sindicato mundial ao qual o Sindicato é filiado, trabalhadores de todo o planeta estão realizando campanhas e lutas conjuntas.
A Jornada Internacional dos Bancários foi definida durante a 5ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, realizada no início do mês em Santiago do Chile e São Paulo. O Sindicato foi representado pela secretária-geral, Juvandia Moreira. O encontro ainda teve a participação de representantes dos bancários do Chile, Uruguai, Espanha, Paraguai, Costa Rica e Panamá.