Movimentos sociais e sindicais se uniram nesta terça-feira (13) para lutar unificadamente em defesa da Caixa Econômica Federal 100% pública. Além de protestarem contra a ameaça de privatização do banco, as entidades disseram “não” à aprovação do Proposta de Emenda à Constituição 55 (PEC 55), que será votada hoje em segundo turno no Senado, e “não” à Reforma da Previdência.
O ato convocado pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetal) e pela Central Única de Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), reuniu cerca de 15 entidades durante toda a manhã em frente à agência Ilha do Leite da Caixa, localizada na Avenida Agamenon Magalhães, Recife/PE.
A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, destacou que a luta em defesa da Caixa 100% pública não é apenas dos bancários, mas de toda a sociedade brasileira. “Querem acabar com os programas sociais. Já desvirtuaram o Minha Casa, Minha Vida, aumentando a parcela mínima para R$ 400. Precisamos unificar a esquerda e construir a unidade para derrubar esse governo golpista”, afirmou.
Segundo o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, esse foi o primeiro ato unificado realizado no país após o anúncio dos estudos para fechamento de agências “deficitárias” da Caixa e para o corte do quadro funcional da empresa. “Essa luta pertence a todos nós. O golpe que denunciamos não é partidário, é estrutural, pois estão sendo propostas emendas à Constituição Brasileira que retiram conquistas de décadas de luta da classe trabalhadora”, avalia.
Durante a atividade, centenas de pessoas entoaram em uma só voz palavras de ordem exigindo “Diretas já!” e cantando: “a Caixa é pública e ninguém vai botar a mão”. Com a forte pressão popular, a superintendência da Caixa recebeu uma comissão de representantes dos movimentos no interior da agência. Na oportunidade, as lideranças dialogaram com os empregados do banco sobre a importância da manutenção do papel social da Caixa.
