Mobilização. Nesta quinta-feira, dia 15, o Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou um protesto na agência Itaquera do Banco do Brasil, onde funcionários e clientes estão enfrentando uma série de problemas graves. Entre eles está o correspondente bancário que a direção do BB implantou em frente à agência e que está sendo questionado juridicamente.
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No correspondente, segundo a diretora da Fetec/CUT-SP, Viviane Assôfra, trabalham terceirizados que realizam serviços típicos de bancário, mas recebem salários bem menores e não têm os mesmos direitos da categoria.
“Esses trabalhadores fazem abertura de contas e comercializam produtos do BB. Eles fazem os mesmos serviços dos bancários, mas não têm nenhum direito. Trabalham 8 horas por dia e recebem, em média, R$ 650 por mês. Além disso, o correspondente não tem nenhuma segurança. Ou seja, o BB está precarizando o trabalho dos bancários, substituindo-os por terceirizados sem direitos e com salários baixos”, conta a dirigente.
Além de prejudicar o mercado de trabalho do bancário, o BB está usando o correspondente para empurrar os clientes mais pobres para fora das agências. Por meio do famigerado projeto BB 2.0, o banco tem impedido o acesso de clientes com salários de até R$ 4 mil, obrigando-os a utilizarem o auto-atendimento ou o correspondente.
“Somos contra o correspondente bancário numa praça como São Paulo, com centenas de agências. Com lucros bilionários, o BB, sendo um banco público, tem a obrigação de dotar as agências com mais funcionários para atender a população dignamente e com segurança”, afirma Viviane.
Menos Metas, Mais Saúde
Durante o protesto, os diretores do Sindicato lançaram na agência a campanha Menos Metas, Mais Saúde, com a distribuição de cartilhas.