Consulados e embaixadas da Colômbia em todo o mundo foram alvo nesta terça-feira, dia 8, de manifestações contra a série de assassinatos de lideres sindicais e a falta de garantias de segurança para os representantes dos trabalhadores no país. Em São Paulo, o ato aconteceu em frente ao consulado colombiano, localizado no Itaim Bibi.
A Contraf-CUT recebeu relatos de atos realizados em Espanha, Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e Paraguai. O estopim para os protestos foi a morte do dirigente sindical da União Nacional de Bancários da Colômbia (UNEB) e funcionário do Citibank Leonidas Gómez Rozo, no dia 8 de março, em Bogotá.
Um dos objetivos do protesto foi levar até o cônsul-geral da Colômbia, Maurício Acero, um documento de repúdio à atual situação e cobrando a responsabilidade do presidente colombiano pela solução dos problemas e a punição dos culpados. Mas Acero se negou a receber os representantes dos trabalhadores dentro do consulado.
“Lamentamos que o cônsul reproduza a mesma postura que o governo Uribe emprega para tratar com os trabalhadores, se negando a receber as três maiores centrais sindicais do Brasil e entidades internacionais”, sustenta Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.
Márcio Monzane, dirigente do sindicato mundial Uni América Finanças, classificou o ato do cônsul como “inacreditável”. “Na verdade a situação mostra como funcionam as coisas na Colômbia, onde ser sindicalista significa correr risco constante de vida. Não íamos ofender ninguém, é claro, nosso objetivo era apenas fazer chegar o documento às mãos do diplomata, mas ele se negou a nos receber”, afirmou.
Monzane recomendou aos representantes dos diversos sindicatos presentes a realização de reclamações formais contra o cônsul-geral colombiano junto ao governo daquele país.Você também pode participar enviando mensagens ao governo da Colômbia ([email protected]) com cópia para Confederação Sindical das Américas ([email protected]).
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Fonte: Contraf-CUT, com Danilo Pretti Di Giorgi, Seeb SP