A representante dos funcionários do Banco do Brasil no Conselho de Administração do banco (Caref), Débora Fonseca, criticou nesta quinta-feira (21) as declarações do secretário de Privatizações (Desestatização, Desinvestimento e Mercados) do governo Bolsonaro-Guedes, Salim Mattar, que utilizou suas redes sociais para atacar os planos de saúde das empresas públicas e especificamente a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi).
Para Débora, a fala de Mattar demonstra o posicionamento neoliberal do governo em relação às empresas públicas. “Os representantes do governo estão estrategicamente alinhados ao projeto de destruição da Cassi e de enfraquecimento do papel social dos bancos públicos”, disse.
A Caref disse ainda que é o interesse de destruição da Cassi que faz com que Mattar e outros representantes do governo apostem fortemente na rejeição da proposta de recuperação da Caixa de Assistência, que passa por consulta ao corpo de associados.
“Qualquer acordo salarial e de conquistas, como Cassi e Previ, nas estatais federais, precisa ser submetido previamente ao ministério da Economia do neoliberal Paulo Guedes, ministro do governo de Bolsonaro. Uma aventura para tentar um novo acordo na atual conjuntura será desfavorável aos trabalhadores”, observou Débora.
“Votando SIM agora podemos salvar esse patrimônio de todos os funcionários! Só votando SIM podemos evitar mais um ataque com o objetivo de acabar com as conquistas dos trabalhadores. Liquidar a CASSI e vender sua carteira de 420 mil vidas ao mercado para planos de saúde privados, sob o falso argumento da eficiência financeira, é na verdade a abertura do caminho a para privatização do Banco do Brasil”, concluiu.
Vote SIM
A consulta aos associados da Cassi sobre a proposta de recuperação da Cassi começou na segunda-feira 18 e vai até o dia 28. A Contraf-CUT e demais entidades de representação dos funcionários (Anabb, AAFBB e FAABB) indicam o voto “Sim”.
“Quem difunde o ‘Não’ está jogando junto com o atual governo, pois com esta declaração, Mattar dá um sinal claro. Ele já deu a linha. É com este cenário, com este governo e com estes quadros que os trabalhadores terão de negociar se o ‘não’ ganhar. E algum funcionário do Banco do Brasil acha que, vencendo o ‘não’, o governo vai negociar uma saída que mantenha a sustentação da Cassi?”, questionou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
“Por isso, defendemos o ‘Sim’ para salvar a Cassi com uma proposta negociada que resultará na injeção de recursos para a Caixa de Assistência dos Funcionários, que evitará a ingerência de aventureiros deste atual governo no nosso plano de saúde”, afirmou Fukunaga.
Fonte: Contraf-CUT