(Belém) "O tamanho das nossas conquistas é proporcional à intensidade da nossa mobilização, envolvimento e participação nas atividades da Campanha". A frase é de Manoel Sousa, diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, que conclama todos os bancários a participarem da assembléia de hoje, às 19h,na sede do Sindicato.
A assembléia prepara a greve de amanhã, quando bancos em todo o Brasil vão parar por 24 horas. A mobilização da categoria vem sendo feita pelo Seeb-PA/AP durante toda a semana. Na quarta-feira (20), os bancários do Amapá fizeram manifestação na agência do Santander Banespa, cumprindo o calendário da Jornada Internacional de Luta. Em Belém, diretores do Sindicato fizeram manifestação com carro som na frente das agências do Banco do Brasil e da Caixa (agência Ver-O-Peso). Na quinta-feira, também dentro da Jornada, a manifestação foi frente da agência do banco Real, na avenida Nazaré. Na sexta foi a vez do HSBC, agência São Brás, que teve o horário de abertura retardado por duas horas.
Em todas as manifestações, os objetivos foram protestar contra a exploração dos bancários pelos bancos nacionais e multinacionais, alertar a população para a greve de amanhã e conclamar os trabalhadores a participarem da assembléia de hoje. "Estamos num momento decisivo da Campanha. A Fenaban mantém o impasse na mesa de negociação. É hora de mostrar a força da categoria. Por isso a participação de cada um faz a diferença", enfatiza Alberto Cunha, vice-presidente do Seeb-PA/AP.
Os motivos para a greve vêm sendo explicados pelos sindicalistas para os trabalhadores bancários e para a população. Os lucros do setor financeiro chegaram a mais de R$ 22 bilhões só neste primeiro semestre. A ganância dos banqueiros chega ao ponto de a Fenaban afirmar que pretende "gastar menos" com o fechamento do acordo com os trabalhadores. "Tarifas absurdas, juros altíssimos e exploração da categoria estão na base de números tão robustos. É dinheiro que não dá para imaginar em que espaço caberia fisicamente. E a Fenaban ainda tem coragem de dizer que quer gastar menos? Vamos à luta para garantir aumento real, PLR justa e contratação de mais bancários. Vamos à greve", afirma Raimundo Walter Luz Júnior, presidente do Seeb-PA/AP.
Para garantir uma greve forte, a participação dos trabalhadores na assembléia é imprescindível. "É necessário que a nossa reação seja forte, intensa. Precisamos estar unidos para forçar os banqueiros a negociar com seriedade. Contamos com a participação de todos", ratifica José Marcos Araújo, diretor do Sindicato.
Fonte: Seeb PA/AP