As assembleias dos empregados da Caixa Econômica Federal para deliberação sobre a proposta de modelo de gestão e custeio do Saúde Caixa acontecem nesta quinta (28) e sexta-feira (29). O Comando Nacional dos Bancários, a Contraf-CUT, a Fenae e a grande maioria dos sindicatos e federações da categoria bancária e das associações de empregados da Caixa orientam o voto SIM para a proposta que será deliberada nas bases dos sindicatos que compõem o Comando.
A deliberação será por sistema de votação eletrônico (https://bancarios.votabem.com.br/) disponibilizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Entre os sindicatos que compõem o Comando Nacional dos Bancários, apenas nas bases do Espírito Santo, Bahia, Sergipe e São Paulo, Osasco e Região a votação será por outro link, em sistema próprio. Assim, os titulares do Saúde Caixa da ativa, aposentados e pensionistas devem acessar o link acima, ou os sites destes sindicatos e procurar o link de votação. Ao acessar o sistema, basta inserir seu número de matrícula (sem o zero à esquerda e sem o dígito) e clicar sobre o próprio nome (serão apresentados três nomes diferentes). Depois é só votar.
Para Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), é importante que todos os sindicatos se empenhem pela aprovação da proposta construída durante uma longa negociação realizada pelo GT específico do Saúde Caixa e pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) que assessora a Contraf-CUT e o Comando Nacional nas negociações com o banco. “A proposta mantém os princípios de solidariedade e do pacto intergeracional, que impedem que os empregados que ganham menos, com mais idade e aposentados sejam impedidos de permanecer no plano devido ao aumento das mensalidades que teriam que pagar se estes princípios não fossem mantidos”, explicou.
“Além de manter todos os princípios do plano, a proposta não traz cobranças individuais de valor mínimo de acordo com faixa de idade, pois isso prejudicaria os aposentados e quem ganha menos”, defendeu a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT. “Se a proposta não for aprovada, a Caixa poderá aplicar os reajustes como quiser e isso inviabilizará a continuidade dos aposentados e de quem ganha menos no plano”, completou.
Veja abaixo o resumo da proposta ou, se preferir, leia a íntegra da minuta.
A proposta mantém o modelo atual, com:
- participação da Caixa no custeio das despesas assistenciais e administrativas de 70% do montante, limitada ao teto de 6,50%, o que for menor;
- mensalidade do titular no valor de 3,5% da remuneração base e uma mensalidade adicional de 0,4% para cada dependente direto cadastrado no plano, limitado ao teto de 4,3% por titular;
- mensalidade de 0,4% para cada dependente indireto;
- tratamentos oncológicos e internações são isentos de coparticipação;
- coparticipação para consulta em pronto socorro / pronto atendimento corresponderá ao valor fixo de R$ 75 (setenta e cinco reais);
- teto anual de R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais) por grupo familiar;
- sem aumento nas mensalidades mês a mês, mas com a instituição de uma mensalidade extraordinária em novembro de 2022 sobre o 13º salário para atender a necessidade de aumento da arrecadação;
- utilização da reserva técnica para evitar contribuições extraordinárias em caso de déficit;
- manutenção do GT Saúde Caixa com maior acesso a relatórios, dados, acompanhamento de credenciamento e descredenciamento com vistas a dar suporte para a mesa permanente de negociações.