As agências das Empresas Brasileiras de Correios e Telégrafos sofreram pelo menos 65 assaltos em 44 cidades na Paraíba em 2011. O número é 22% maior em relação à quantidade de ações criminosas registradas no ano anterior, um total de 53.
Conforme levantamento baseado em notícias publicadas pelo G1, os alvos preferenciais foram estabelecimentos localizados na região Agreste. Segundo o gerente dos Correios em Campina Grande, José Leite, os pontos mais vulneráveis estão localizados em cidades de pequeno porte e que movimentam grandes quantias de dinheiro.
Apesar do número de assaltos ter superado a quantidade registrada em 2010, o diretor regional dos Correios na Paraíba, José Antônio Trajano, descartou o fechamento de unidades. Em vez de sucumbir à pressão dos criminosos, ele informou que a empresa vai fortalecer sua atuação no Estado e já definiu os municípios que ganharão mais pontos de atendimento.
Em novembro, a empresa divulgou que fez um estudo sobre os pontos de maior risco entre as 236 agências em funcionamento no Estado. A partir da análise, foi traçado um plano de segurança a ser colocado em ação a partir de janeiro de 2012, quando os Correios atuarão como correspondentes do Banco do Brasil.
Alegando questão de segurança, a assessoria de imprensa da instituição não divulgou o número oficial de agências atacadas nem o valor do investimento para a segurança, mas adiantou que as ações propostas incluem a contratação de vigilantes e a instalação de portas giratórias nas agências localizadas nos pontos mais ‘vulneráveis’.
A modernização dos equipamentos de vigilância eletrônica é outra preocupação. Segundo Trajano, um novo sistema vai permitir que o setor de segurança dos Correios monitore ao vivo todas as agências do estado.
“Nosso objetivo é facilitar o trabalho das polícias, porque o tempo de aviso das ocorrências irá diminuir em muito, facilitando a ação das autoridades de segurança”, explicou em entrevista à TV Paraíba.