Assalto e morte no Banco do Brasil em São Paulo

Mais um assalto a banco aterrorizou os bancários e clientes em São Paulo. A agência do Banco do Brasil da Estrada do Campo Limpo, zona sul da capital, foi invadida por quatro assaltantes às 11h50 da segunda-feira, dia 24. Um deles foi em direção aos caixas onde estava um dos seguranças, enquanto os outros três, armados, fizeram o segurança do auto-atendimento, Marcelo José Assis de Jesus, 36 anos, como refém. Marcelo foi baleado e faleceu. A quadrilha fugiu levando os revólveres calibre 38 dos dois vigilantes.

O sangue espalhado no chão, que se estendeu até o lado de fora da agência, ficou como marca da violência que assustou a população, os clientes e principalmente os trabalhadores, que terão que conviver com o medo e a insegurança no local de trabalho.

O Sindicato esteve no local para preservar os direitos dos bancários que foram dispensados do dia de trabalho. Alguns precisaram receber atendimento psicológico – o Banco do Brasil é um dos poucos que presta esse tipo de serviço. A delegacia de roubo a banco do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) apura o caso.

Leis – O Sindicato aguarda a aprovação de dois projetos de lei que obrigam os bancos a manterem portas de segurança em pleno funcionamento nas agências. Um é do deputado estadual Marcos Martins (PT), que foi ingressado na Assembléia Legislativa de São Paulo. O outro, do vereador Francisco Chagas (PT), tramita em âmbito municipal e obriga os bancos a terem vidros à prova de bala não apenas na porta de segurança, mas também em toda a fachada das agências. Foi apresentado como forma de tentar barrar a lei criada a partir de projeto do vereador Dalton Silvano (PSDB), que determina a retirada das portas de todas as agências bancárias até o mês de abril.

“Mais um trabalhador morre diante da falta de segurança nas agências bancárias. Precisamos aprovar urgentemente as leis que determinam a instalação de portas de segurança antes do auto-atendimento, para proteger funcionários, vigilantes e clientes que estão tendo as vidas colocadas em risco por trabalhar ou utilizar os serviços dos caixas eletrônicos”, diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Audiência – Nesta terça-feira, dia 25, o presidente do Sindicato participa de audiências na Câmara Municipal para tratar da importância da permanência das portas de segurança nas agências bancárias da cidade de São Paulo e acompanhar a tramitação do projeto de lei de autoria de Francisco Chagas. No primeiro encontro, Marcolino se reúne com a bancada do PT e, no segundo, com o líder do governo na Câmara, o vereador Netinho (PSDB).

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