Por Itamar Ferreira*
O Estado de Rondônia está em um processo de crescimento rápido e consistente, com uma pujante agricultura familiar, pecuária e agricultura em grande escala, só para citar alguns setores, o que proporciona reflexo extremamente positivo no comércio, no setor de serviços, na indústria e na construção civil.
A partir deste ano, com o inicio da implantação dos grandes projetos do Governo Federal em Rondônia, principalmente das Usinas hidrelétricas do Rio Madeira, e a construção de dois grandes Shoppings Centers na Capital, a tendência é de um grande salto no desenvolvimento sócio-econômico, aumentando, conseqüentemente, a importância do Estado no contexto nacional.
Entretanto, em se tratando da presença do Banco do Brasil, Rondônia convive com um inaceitável desprestigio, merecendo dessa grande instituição apenas uma simples Gerencia Regional, subordinada inexplicavelmente, à Superintendência Estadual de Mato Grosso, que é um Estado de características sócio-econômicas totalmente diferentes, tendo sua economia baseada no agro-negócio da soja.
O questionamento que se faz não é simplesmente uma questão de bairrismo, mas trata-se de prejuízos concretos ao desenvolvimento de Rondônia, visto que as prioridades da superintendência de Mato Grosso, a qual Rondônia está subordinada, são totalmente diferentes, focadas, principalmente, no desenvolvimento do agro-negócio daquele Estado.
Outro prejuízo decorrente dessa subordinação é a falta de prestígio de uma gerência regional para conseguir melhores estruturas e equipamentos para as agências bancárias de Rondônia, onde a população e os funcionários são submetidos a condições degradantes de atendimento e de trabalho, com espaços físicos reduzidos, equipamentos obsoletos, reduzido número de bancários, enfim, um verdadeiro caos.
É importante ressaltar, ainda, que a nomeação de gerentes para as unidades no Estado, dentro da visão político-administrativa de Mato Grosso, muitas vezes já priorizou profissionais daquele Estado, preterindo funcionários de Rondônia, igualmente capacitados, com a vantagem de conhecer mais profundamente a realidade sócio-econômica local.
Uma situação que pode servir de exemplo para Rondônia é o Estado do Acre, que há mais de dois anos reivindicou e conseguiu, no caso da Caixa Econômica Federal, sair da subordinação de Rondônia, criando uma superintendência em Rio Branco, inclusive indicando um funcionário de carreira que já trabalhava naquele Estado. É evidente que, sem desmerecer o Acre, Rondônia tem uma economia muito mais forte e com perspectivas concretas de crescer muito acima da média nacional nos próximos anos; o que torna óbvia a conclusão de que: RONDÔNIA MERECE UMA SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DO BANCO DO BRASIL.
O propósito deste artigo é tornar pública uma proposta do Sindicato dos Bancários de Rondônia e conclamar toda a sociedade rondoniense, a bancada federal, governo do
Estado, prefeitos, Assembléia Legislativa, Câmaras Municipais, entidades sindicais e empresariais, movimento social, igrejas, ou seja, todo o povo de Rondônia, para uma grande campanha visando transformar a Gerência Regional de Rondônia, subordinada à estrutura administrativa do banco no Estado de Mato Grosso, na SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DO BANCO DO BRASIL em Rondônia.
*Itamar Ferreira é presidente da CUT-RO, diretor do Sindicato dos Bancários, formado em Administração de Empresas (UNIR) e pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior (RIOMAR-UNIR).