(São Paulo) Marcada de perto pelo Sindicato de SP, a direção do Banco do Brasil voltou atrás e suspendeu a revista pela qual funcionários contratados e terceirizados eram obrigados a passar no Complexo São João.
Desde o dia 8 de junho, os trabalhadores tinham que passar por um detector de metais, além de terem suas bolsas reviradas por seguranças. Após uma denúncia, o Sindicato solicitou o fim da prática, mas, inicialmente, somente os contratados deixaram de sofrer a revista. O Sindicato voltou a intervir em prol dos terceirizados, e a prática foi abolida por completo.
“É importante que não haja distinção entre funcionários e trabalhadores terceirizados. Se isso acontecer, podem denunciar ao Sindicato”, diz o funcionário do BB e secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato, Ernesto Izumi.
Segundo palavras do procurador do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, Carlos Casagrande, publicadas pela Revista Consultor Jurídico em 31 de maio de 2005, “nos dias de hoje, em face dos valores da Constituição de 88, a defesa do ‘direito’ do empregador em proceder a revista sobre o corpo do empregado e seus pertences só se explica pela permanência culturalista de uma triste herança da escravidão, que não podemos mais tolerar no atual contexto democrático de pleno respeito aos direitos civis”.
Fonte: André Rossi – Seeb SP
