Bancários aceitam propostas dos bancos e encerram greve nacional
Cerca de 500 bancários cearenses presentes à assembleia realizada na segunda-feira, dia 17, em Fortaleza, aprovaram as propostas apresentadas pela Fenaban e pelas direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A greve continua no BNB, pois a proposta do banco não contempla as reivindicações dos funcionários que seguem firme na paralisação em todo o Nordeste.
A greve, que completou 21 dias nesta segunda-feira, conquistou aumento real de salário pelo oitavo ano consecutivo, valorização do piso e PLR maior, entre outros pontos conquistados após muita luta.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, reforçou a importância da unidade da categoria e lembrou que foi a força da greve que arrancou dos banqueiros as propostas aprovadas durante a assembleia. “Mais uma vez, a Campanha Nacional dos Bancários garantiu avanços importantes, tanto nos bancos públicos, quanto nos privados”, disse.
Confira o resumo das propostas:
Fenaban
A proposta aprovada durante a assembleia garante aos bancários de bancos privados um reajuste de 9% sobre todas as verbas, representando o aumento real de 1,5%.
Além disso, garante reajuste de 12% no piso, com aumento real de 4,3%. A regra básica da PLR contempla 90% do salário mais R$ 1.400,00, com teto de R$ 7.827,29; já a parcela adicional da PLR corresponde a 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.800,00.
Os dias parados não serão descontados, mas compensados até 15 de dezembro de 2011. Eventual saldo após essa data será anistiado.
BB
A proposta aprovada pelos funcionários do BB garante reajuste de 9% em todas as verbas e benefícios; o piso passa a ser de R$ 1.760,00, com reflexo na curva do PCR; trava reduzida para um ano em caso de concorrência de posto efetivo para comissionamento; instalação em até 30 dias de mesas temáticas para debater PCR, PC e Jornada de Trabalho, além de 1.000 bolsas de graduação e 500 bolsas de pós graduação.
Caixa
A proposta da Caixa também garante reajuste de 9% em todas as verbas; manutenção da PLR social com distribuição de 4% do lucro líquido de forma linear para todos, além da regra básica e parcela adicional da PLR da Fenaban; ampliação do quadro em 5 mil empregados até o final de 2012; não descontos dos dias parados com compensação até 15/12; valorização do piso, entre outros avanços.