Após vitória no TST, bancário demitido por greve no BRB é reintegrado

Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) garantiu ao bancário Victor Raposo o direito definitivo de continuar trabalhando no Banco Regional de Brasília (BRB). O prazo para que o banco recorresse se esgotou no dia 17 de maio, e na terça-feira (15), ele voltou a trabalhar, agora definitivamente, no banco.

Victor Raposo foi demitido do BRB ainda em 2003, durante a presidência de Tarcísio Franklin no banco. Ele e outros onze colegas perderam seus empregos por conta da participação em uma greve da categoria naquele ano.

A assessoria jurídica do Sindicato, através do advogado Paulo Roberto, da Crivelli Advogados Associados, acompanhou todo o desenrolar do processo de Victor. “O apoio do Sindicato foi muito importante para que, no fim do processo, aquela situação injusta fosse revertida. Espero que as outras pessoas da minha turma, que também foram prejudicadas, consigam um desfecho favorável e que todos tenham em mente a importância da organização coletiva”, afirma o bancário.

Após ser demitido em 2003, Victor voltou a trabalhar no BRB em 2006, graças a uma decisão liminar do TRT. Em 2008, a liminar foi cassada, tirando Vitor do banco até seu retorno, agora em 2008. Entre as idas e vindas, o bancário diz que, desta vez, o retorno ao banco foi mais tranquilo.

“Quando em retornei em 2006, o departamento de pessoal do BRB tentou criar algumas dificuldades para mim. Entrei como escriturário, e eles criavam dificuldades para que eu pudesse realizar os cursos preparatórios para a função de caixa, por exemplo. Dessa vez, o tratamento tem sido bem mais amistoso”, esclarece.

“Estamos acompanhando o caso do Vitor desde início, que foi perseguido por lutar por direitos seus e de colegas de categoria. O Sindicato ofereceu toda solidariedade e apoio jurídico contra uma enorme injustiça como essa da qual ele foi vítima, que é a de punido por exercer o direito legítimo de greve de todo trabalhador. Essa é uma das funções do Sindicato, oferecer proteção contra as arbitrariedades”, afirma André Nepomuceno, bancário do BRB e diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.

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