A quadrilha que assaltou uma empresa de segurança em Belo Horizonte na manhã de sábado (4) levou pelo menos R$ 45 milhões, afirmou na noite de sábado (4) o delegado responsável pela investigação, Islande Batista, chefe do Deoesp (Departamento de Divisão Especializada de Operações Especiais).
Ainda segundo o delegado, 18 criminosos planejavam o crime há quatro meses. O valor roubado foi contabilizado por meio de boletos de numerário que estavam na sede da empresa, responsável pelo transporte de valores das agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal da Região Norte da capital. O superintendente comercial da Embraforte, Rodrigo Vilhena, não confirmou o valor roubado e não quis falar do roubo.
Um grupo de 15 homens invadiram a empresa no bairro Ouro Preto, região da Pampulha, armados com fuzis, metralhadoras e pistolas automáticas. O assalto começou na tarde da sexta-feira (3), quando integrantes da quadrilha procuraram três funcionários da empresa, entre eles, o chefe da segurança Alexandre Diniz, em suas casas, nos bairros Sagrada Família e Califórnia. Eles se identificaram como agentes da Polícia Federal e alegaram que todos seriam levados para a sede da PF para averiguações.
Os funcionários foram sequestrados e mantidos em cativeiro no bairro Fortaleza, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, onde passaram toda a noite.
No início da manhã de sábado, quatro dos suspeitos deixaram o cativeiro com os funcionários da Embraforte – um tesoureiro, um diretor e Alexandre Diniz – e foram até a sede, na rua Major Lage. Vinte funcionários da empresa foram feitos reféns e os assaltantes roubaram todo o conteúdo do cofre. Dois veículos e um minicaminhão-baú foram usados para a fuga e o transporte do dinheiro.
Segundo a polícia, um dos veículos foi encontrada no final da manhã em Ribeirão das Neves, área onde está concentrada a maior parte das buscas. Testemunhas e reféns contaram que a quadrilha, que teria 15 integrantes, estava bem vestida, trajando terno e gravata e que um deles portava identificação da Polícia Federal. Os criminosos tinham um grande levantamento da empresa, inclusive com fotos do galpão na Pampulha.
Após levarem o dinheiro, os reféns foram libertados na empresa, assim como parentes de funcionários mantidos presos em suas casas.