Em uma reunião com o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) e funcionários da Plataforma CSO (Centro de Suporte Operacional) – Cuiabá, o diretor do Banco do Brasil, Marcos Antonio Moser tentou justificar, sem conseguir convencer, as razões da transferência da Plataforma para Brasília.
A conversa foi o resultado do protesto dos funcionários da Plataforma na Superintendência do Banco do Brasil, nesta quarta-feira (10) com o propósito de expor ao representante do banco que a permanência dos serviços da Plataforma é fundamental para desenvolvimento de Mato Grosso e, caso a transferência seja efetivada, além dos problemas relacionados às condições de trabalho dos funcionários, o Estado terá os pedidos de análise, liberação e fiscalização de crédito em programas que visam fomentar a agricultura e o desenvolvimento regional, tais como o Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), PROGER, PRONAF e FCO Rural e Urbano prejudicados pela demora e burocracia que serão sujeitos em Brasília.
Marcos Moser tentou justificar dizendo que o fechamento da Plataforma estava previsto desde 2007, quando o banco definiu suas ações de reestruturação, que não deveria ser surpresa para o funcionário.
Em contrapartida, o diretor do SEEB-MT e funcionário do Banco do Brasil, Alex Rodrigues lembrou que a reestruturação que aconteceu em 2007 foi unilateral, pois o Banco sequer ouviu os funcionários ou o sindicato para saber se concordavam com tais mudanças. “Não se pode falar que o funcionalismo aceitou ou irá aceitar uma coisa que foi imposta pelo Banco dois anos atrás, e mais, de lá pra cá muita coisa mudou e a Plataforma de Cuiabá demonstrou ao BB ser necessária ao Estado de Mato Grosso. Não considerar isso é desrespeitar além dos trabalhadores, toda a população matogrossense”, conclui.
A questão a ser discutida é o porquê da retomada do fechamento da Plataforma CSO dois anos depois, apesar dos resultados positivos apresentados ao Banco. De acordo com o presidente do Sindicato, Arilson da Silva dois importantes fatores devem ser analisados pelo BB: o primeiro diz respeito às condições de trabalho que os 95 funcionários serão submetidos em outra base, cujo custo de vida é bem maior; segundo e não menos relevante, são os prejuízos ao Estado com o fechamento da Plataforma.
O diretor se comprometeu em marcar um debate na próxima semana com todos os funcionários do setor, já que até a agora nenhuma “justificativa” foi passada, muito menos qual seria a situação dos quase 100 profissionais da Plataforma com a mudança.