O Comitê de Basileia para Supervisão Bancária, que reúne principais bancos centrais e reguladores do mundo (inclusive Brasil), anunciou no domingo (6) mudanças na exigência de capital para enfrentar crises como a de 2008. Menos rígidas do que previa o acordo de Basileia 3 original, as regras devem ser implantadas entre 2015 e 2019.
O comitê aumentou o leque dos ativos que podem ser usados para cumprir as exigências. Além disso, os bancos terão mais quatro anos, até 2019, para se adequar completamente. Os bancos criticavam as regras, afirmando que eram duras demais e exigiam trilhões de dólares para serem cumpridas.
Isso poderia afetar a capacidade de conceder empréstimos, prolongando a recessão mundial. O anúncio foi visto como vitória dos bancos.
O acordo de Basileia 3 obriga os bancos a deter ativos fáceis de vender em volume suficiente para aguentar uma crise de liquidez de 30 dias. Quando o acordo foi publicado, esses ativos “líquidos de alta qualidade” se restringiam a títulos de dívida de governo (soberanos), dinheiro dos bancos nos Bancos Centrais, e poucos outros papeis.
Agora aumenta o leque dos ativos que podem ser usados como reservas: há mais espaço para títulos lastreados em hipotecas de alta qualidade e ações de companhias tidas como não tão seguras – embora em quantidade limitada e com desconto.