(Porto Alegre) Um dia após a reunião dos funcionários realizada no Sindicato dos Bancários, o Banco da Amazônia adiou na sexta, dia 25, o anúncio da lista de 15 empregados que permanecerão na agência Porto Alegre e dos cinco excedentes. A relação seria divulgada e enviada para a diretoria do banco, em Belém. A suspensão ocorreu após contatos entre o gerente da agência e o presidente da instituição, Abidias José de Sousa Júnior.
A redução do quadro de pessoal, o corte de funções comissionados e o fechamento da agência no Rio de Janeiro integram o plano de reestruturação das quatro agências fora da Amazônia Legal, baixado sem transparência e sem diálogo com as entidades sindicais e representativas. Alguns empregados já estão aposentados e a maioria se encontra às vésperas de completar o tempo exigido pelo INSS para se aposentar.
Durante a reunião ocorrida na Casa dos Bancários, os funcionários deflagraram um processo de mobilização para mudar o plano de reestruturação. O primeiro passo será a elaboração de um documento, em conjunto com os colegas do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, para manifestar a posição dos empregados e buscar abrir negociações com a direção do banco.
Uma comissão foi escolhida para preparar o documento, que será proposto aos funcionários do Rio, São Paulo e Brasília para depois ser enviado ao banco, através dos sindicatos, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA).
O Sindicato de Porto Alegre já contatou os sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, Contraf-CUT e AEBA. “É hora de mobilização e a unidade é fundamental para reverter essa situação”, ressalta o diretor do SindBancários, Ademir Wiederkehr.
São Paulo
O Sindicato de São Paulo vai organizar ações conjuntas com a Contraf-CUT e representações de trabalhadores de outros estados para defender os direitos dos funcionários do Banco da Amazônia (Basa). Em São Paulo, 30 funcionários estão apreensivos com o anúncio de um plano de reestruturação que prevê demissões e descomissinamentos até 1º de março. Os bancários estiveram reunidos com os dirigentes sindicais Edvaldo Rodrigues e Ernesto Izumi na segunda-feira, dia 28, e definiram um plano de ações que se inicia com a exigência da abertura do canal de negociação com o banco público federal. “Os funcionários querem discutir com o banco as medidas que preservem o emprego e seus direitos”, afirma Edvaldo Rodrigues.