No Bradesco, cerca de 80% das informações com as quais a instituição precisa lidar diariamente não são estruturadas, por exemplo, fichas para abertura de contas ou mesmo cheques que são preenchidos a mão.
Para resolver o problema e facilitar a inclusão destes papeis nos sistemas do banco, a instituição até agora já adquiriu 5 mil scanners para serem usados nas agências com o objetivo de digitalizar documentos, afirma o diretor executivo do banco, Maurício Minas.
O projeto, coordenado pela CPM Braxis Capgemini, visa também a atender uma orientação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que vai estipular regras para a chamada truncagem de cheques, ou seja, digitalização das imagens para que sejam enviadas eletronicamente aos bancos para iniciar o processo de compensação.
De acordo com a Febraban, o documento está em fase final de preparação e ainda não há prazo estipulado para que as regras sejam atendidas. Os bancos não serão obrigados a atender a orientação, uma vez que funcionará apenas como uma auto-regulamentação do setor bancário.
Mesmo assim, a orientação abre um novo mercado para empresas com foco no setor de finanças como a Diebold. A companhia quer vender o serviço de digitalização de documentos para os bancos, que inclui hardware e software, mediante pagamento de assinatura mensal.
A Diebold tem como clientes deste serviço o Safra e o Banco Rural e, segundo o presidente da empresa, João Abud Junior, há projetos em andamento em outros dois grandes bancos que o executivo não pode revelar quais são.