Os maiores bancos do país informaram ontem que as taxas de juros cobradas dos clientes nas operações de crédito, por enquanto, não serão alteradas por conta da redução de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros (Selic).
Procurados, HSBC, Itaú Unibanco, Caixa, Bradesco e Banco do Brasil informaram que a possível queda dos juros nos serviços oferecidos aos clientes ainda está sendo avaliada. O Santander, por sua vez, não falou com a reportagem. Para a Anefac, no entanto, já haverá um impacto, mesmo que pequeno, nos valores das prestações dos empréstimos.
Agora, a Selic passa a ser de 12% ao ano. Mesmo com o corte promovido na taxa na última quarta-feira, o juro praticado no Brasil ainda é o mais alto do mundo. Os juros reais brasileiros são de 6,3% – bem acima dos 2,8% cobrados pela Hungria, que é a segunda colocada no ranking de maiores juros reais do mundo.
No fim de agosto, a pesquisa Indicadores de Condições de Crédito, realizada pelo Banco Central, indicou que os bancos estavam pessimistas em relação à concessão de crédito por causa do juro alto e das incertezas internacionais.