(Curitiba) Atualmente, os clientes sofrem com o reduzido horário de atendimento nas agências bancárias. Do outro lado, os trabalhadores bancários são obrigados a se desdobrar para atender uma demanda crescente no volume dos serviços bancários. Na rodada de negociações da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que acontece nesta quinta-feira (13) em São Paulo, a categoria bancária vai defender a ampliação do horário de atendimento ao público para o período entre 9h e 17h, de segunda a sexta, com dois turnos de trabalho.
O trabalhador bancário Roberto Von der Osten (Itaú), diretor da Fetec-CUT-PR explica que a proposta de ampliação do horário de atendimento com dois turnos não visa apenas o aumento dos postos de trabalho nas unidades bancárias. Representante do Paraná no Comando Nacional da Campanha Salarial, Von der Osten explica que a medida vai impactar diretamente na sociedade, com a ampliação do atendimento, melhoria na qualidade dos serviços e redução das filas.
“Com a implementação das novas tecnologias, os bancos ‘mataram’ muitos postos de trabalho. Uma mudança dessa envergadura vai suprir a crescente demanda nos serviços bancários e dar espaço para mais trabalhadores”, destacou. Para o movimento sindical, o Banco Central, responsável pela regulamentação do horário de atendimento nas agências bancárias em todo o país, precisa rever essa posição, uma vez que não há interesse por parte dos bancos em mudar as “regras do jogo”. Contudo, os movimentos sociais vêm procurando sensibilizar o BC em relação à importância dos bancos para os trabalhadores como um todo, e, por conseguinte, para um desenvolvimento socioeconômico mais equilibrado para todas as classes.
Para o presidente da Fetec-CUT-PR, o trabalhador bancário Adilson Stuzata (HSBC), os bancos precisam assumir sua parcela de responsabilidade social, abrindo novos postos de trabalho e contratando mais trabalhadores. “A categoria bancária quer, a sociedade precisa”, afirmou.
Fonte: Edson Junior- Fetec PR