Os perigos para quem troca os serviços prestados pelas agências pelos dos correspondentes bancários vão muito além da insegurança do espaço físico. É comum agora denúncias de empresas que se passam por correspondente para ficar com o dinheiro do consumidor.
Um fato como esse aconteceu recentemente em Ilhéus, no sul da Bahia. Mais de 40 pessoas prestaram queixa contra a Rede Pague, que recebia pagamentos de contas de luz, água e outros títulos, no entanto, o dinheiro era desviado para o bolso do dono da empresa.
A estimativa é de que tenham sido levados entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão dos clientes. Ainda, segundo informações, os funcionários da rede ficaram sem salários. Não é de hoje que o Sindicato dos Bancários da Bahia alerta para os riscos dos correspondentes bancários.
A prática é muito utilizada pelos bancos, que transferem os serviços que deveriam ser prestados pelas agências para outros estabelecimentos comerciais, como farmácias, padarias e supermercados. Com isso, economizam em infraestrutura e mão de obra.
O mecanismo é tão utilizado que, no fim de 2013, o Brasil tinha 165 mil correspondentes, número 7,3 vezes maior do que o de agências bancárias.