Alagoas: Mercantil demite mais um e pressiona com metas

O autoritarismo e a falta de respeito com os trabalhadores voltaram a aflorar na agência do BMB em Maceió, com mais uma demissão injusta decretada pela Superintendência. Desta vez, a vítima foi o gerente comercial Umberto Ribeiro Giordani, que tinha 21 anos de casa e 47 anos como bancário. Após uma vida inteira dedicada ao Mercantil e ao mercado financeiro, ele foi informado de que já tinha sido sugado ao máximo e que estava sendo descartado.

O responsável e porta voz da demissão, Sr. Cláudio Morais, não disse por que o veterano profissional foi dispensado. Mas todo mundo sabe que o afastamento se deu pelo não cumprimento de meta abusiva, imposta pelo banco ao funcionário. O BMB, com sua sede insaciável de multiplicar os lucros, o que lhe rendeu no ano passado um crescimento de 86% nos ativos, está passando por cima de todos e de tudo.

Para se ter uma idéia da corrida desleal do banco por rentabilidade, o superintendente determinou aos funcionários, em recente reunião, que a agência terá de dobrar o volume de empréstimos para os aposentados. Ou seja, os bancários terão de vestir a camisa da usura e utilizar mil e um artifícios para empurrar crédito nos velhinhos, deixando-os ainda mais endividados.

Meta, aliás, é uma coisa que transpôs barreiras dentro do Mercantil. Deixou de ser apenas missão da gerência comercial, passando para a gerência operacional. Com a “faca no pescoço” de todo mundo, o resultado não poderia ser outro a não ser a disputa entre as duas áreas.

Como se não bastassem tanta pressão e cobrança, a superintendência do BMB ainda exige dos funcionários curso de nível superior para poder continuar no banco. Só que a empresa não concede auxílio-educação e o salário pago à maioria dos empregados mal dá para eles se manterem.

O superintendente Cláudio Morais teve a “cara de pau” de dizer em uma reunião que o BMB está investindo em melhorias. Só se for em outro estado ou no bolso dos seus diretores, porque em Maceió ninguém está vendo nada. Até mesmo a segurança no interior da agência apresenta-se vulnerável, com o abastecimento dos caixas eletrônicos sendo feito pela parte de fora, à vista de todos que passam na rua.

Com a demissão injusta do gerente Umberto Giordani, os funcionários esperavam que o superintendente contratasse outro para substituí-lo. Mas ele já disse que não haverá contratação alguma. Ou seja, um experiente profissional deixou de exercer suas tarefas e todo trabalho que ele realizava será repassado para os que ficaram, gerando ainda mais sobrecarga.

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