(Maceió) Alvo preferido dos assaltantes, a agência do Bradesco na Avenida Fernandes Lima (antigo Finasa), em Maceió, voltou a ser invadida no dia 2, aumentando o clima de pânico entre funcionários, clientes e usuários. Este é o quarto assalto que ocorre à unidade nos últimos quatro anos, sem contar os cerca de 40 assaltos diretos a clientes que procuram os serviços do banco. A vulnerabilidade do prédio é tão grande que até os vigilantes das empresas terceirizadas evitam ser escalados para o local, diante da iminente possibilidade de trocar tiros com os assaltantes.
O Sindicato de Alagoas elabora um dossiê sobre o caso e está exigindo providências do Bradesco. Uma das reivindicações é mudar a agência Fernandes Lima para outro ponto do bairro ou da cidade, que não seja tão visado pelos bandidos. A entidade também cobra do banco que emita a Comunicação de Acidente no Trabalho (CAT) para os funcionários expostos ao assalto deste mês, como prevê a legislação do trabalho.
A situação de insegurança na agência do antigo Finasa chegou a um ponto insuportável. O risco de morte que correm bancários e freqüentadores da unidade não tem limites. Já houve até cliente que levou tiro nas costas quando chegava ao prédio. Os funcionários sequer podem estacionar seus carros com tranqüilidade, porque é constante o roubo de veículos e equipamentos.
Como se não bastasse a insegurança e o clima de terror para quem trabalha na agência, o banco ainda faz pouco caso das vítimas. Gerentes que ficaram sob a mira de revólveres em alguns assaltos foram demitidos covardemente, e a empresa resiste em emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os funcionários traumatizados, que ficaram expostos aos assaltantes.
"Essa situação não pode continuar. Nós vamos acionar todos os mecanismos sindicais e jurídicos possíveis para forçar o banco a resolver o problema", disse o presidente do Sindicato, Sérgio Braga.
Fonte: Seeb AL
