As sete agências da Caixa Econômica Federal de Feira de Santana (BA), a 110km de Salvador, abriram suas portas somente ao meio dia na quarta-feira (1º/11). A ação foi promovida pelo Sindicato dos Bancários de Feira de Santana e pelos próprios empregados em protesto pelo Dia Nacional de Luta, em razão dos ataques e ameaças de privatização proferidos pelo governo Temer.
Para o movimento sindical, a tentativa de privatização, não apenas da Caixa, mas também de outras 56 empresas estatais, significa a entrega do patrimônio público para os grandes empresários que patrocinaram o impeachment de Dilma Rousseff e as campanhas de deputados e senadores que votam projetos prejudiciais aos trabalhadores.
“A paralisação é uma advertência ao governo, que teima em alterar o estatuto da Caixa Federal, com a intenção de transformá-la em S/A e com isso privatizar mais uma empresa altamente rentável e de extrema importância para a soberania do país", afirmou Sandra Freitas, presidenta do Sindicato dos Bancários.
Cerca de 300 funcionários das sete agências da cidade aderiam ao movimento por uma Caixa Econômica 100% Pública para que continue a serviço do povo brasileiro, financiando o Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Fies, FGTS, PIS, dentre tantos programas que promove em benefício da população, sobretudo a classe mais necessitada.
Segundo Sandra Freitas, os trabalhadores estão mobilizados e continuarão mobilizados com o objetivo de conscientizar a população a se incorporar nessa luta em defesa da Caixa e estão dispostos a realizar uma paralisação de 24h na próxima semana, e, se preciso for, deflagrarão greve por tempo indeterminado em defesa da empresa.
Na Segunda-feira (6/11), será realizada uma assembleia geral dos trabalhadores, às 18h, na sede do sindicato, onde a categoria decidirá como será sua participação no Dia Nacional de Luta Contra as Reformas Trabalhista, da Previdência e a Lei da Terceirização, que acontecerá no dia 10/11, convocado pelas Centrais Sindicais.
