A sede Kennedy do HSBC localizada em Curitiba foi alvo nesta manhã, 31 de agosto, de um protesto contra as demissões e desligamentos que estão ocorrendo no banco. Alguns dirigentes entraram no centro administrativo e conversaram com os bancários.
Dentre eles, o presidente do Sindicato, Otávio Dias, que expôs como está a negociação com os banqueiros. Além das informações sobre a campanha salarial, os sindicalistas expuseram dados que comprovam a dura realidade de quem trabalha no HSBC.
A falta de bancários no HSBC é um problema nacional, e está sendo acentuado cotidianamente com mais desligamentos. Há bancários demitidos pelo banco e muitos que estão solicitando sua saída. Em 2008, foram contabilizadas pelo Sindicato, 646 demissões no banco. Destas, 317 foram responsabilidade do banco. Outras 287 foram a pedido dos bancários. Neste primeiro semestre já foram 385 demissões. Destas, 286 foram exigência do banco e 95 bancários pediram para sair do HSBC.
O nível de desligamentos a pedido do trabalhador é muito superior ao padrão nacional. Ele demonstra a insatisfação dos bancários devido problemas como a sobrecarga de trabalho, metas abusivas e falta de respeito dos gestores. O problema é sistêmico. A sobrecarga piora as condições de trabalho, fazendo com que os bancários não consigam cumprir as metas, o que gera demissões ou ainda, que se sintam atraídos a procurar um novo emprego.
Os dirigentes distribuíram um panfleto que denuncia esta triste realidade e chama o banco inglês de “vampiro”, por “sugar o sangue dos bancários”.
Do lado de fora do centro administrativo, outros dirigentes sindicais utilizavam o carro de som para denunciar a postura de exploração que está sendo adotada pelo banco. Segundo uma projeção realizada a partir dos atendimentos da Secretaria de Saúde, estima-se que 10% dos bancários que estão atuando no HSBC estão adoecidos, o que não significa que estão devidamente afastados de suas atividades profissionais.
Na avaliação do dirigente Marco Aurélio Cruz, a atividade foi muito bem recebida pelos bancários que atuam na sede. “O Sindicato mostrou que está atento as condições de trabalho no HSBC e que está tomando providências para exigir melhorias”, afirma.