A greve nacional dos bancários completou sete dias consecutivos nesta segunda-feira (12). No Paraná, houve aumento de 183% no número de agências fechadas em relação ao primeiro dia de greve, na terça-feira (06). Mais de 14 mil trabalhadores aderiram ao movimento em 683 agências fechadas e em oito centros administrativos.
Em Umuarama e Região, 75% das agências estão fechadas em cinco municípios. Amanhã, nesta terça-feira (13), a adesão deverá em ocorrer em mais duas cidades, chegando a 85% de agências paralisadas. A dirigente sindical Ana Paula Lorine, diz que é grande a insatisfação dos bancários com a proposta financeira, mas a maior preocupação é com o emprego.
“A mobilização precisa ser em torno de cada item da pauta de reivindicações. É muito mais difícil quando se tem que negociar algo especificamente com cada banco. Quando se tem uma adesão nacional negociando todas as nossas bandeiras, a categoria se fortalece como um todo”, observou Ana Paula.
Umuarama teve 75% das agências fechadas.
A greve nos municípios de Toledo e Região chegou sétimo dia com 70% das agências fechadas. A maioria da população tem se mostrado favorável à paralisação e entendem que na atual situação não há outra alternativa, segundo avaliação de Isabel Cristina Gregório.
Em Toledo, a população apoia a luta dos bancários.
“As pessoas nos dão apoio e desejam sucesso. Este ano, as negociações estão ocorrendo de forma bem acelerada. A instabilidade política tem causado medo e insegurança aos bancários e, por conta disso, viram a necessidade de apoiar a greve. Mesmo não tendo muita adesão nos piquetes, os funcionários não estão forçando a entrada. Os bancários e bancárias sabem que se o índice de reajuste não atingir pelo menos a inflação, será um retrocesso. Estamos firmes na luta, tentando a cada dia construir uma greve envolvendo a categoria bancária e quem sabe atingindo 100% das agências”, disse Isabel.
Caixa Econômica Federal
A bancária da Caixa, Debora Zamboni, lembra que, neste ano, os funcionários do banco podem perder a PLR Social. “Diante do risco real e crescente de privatização da Caixa, os funcionários precisam aumentar a mobilização e a vigilância a todas as ameaças. O projeto de terceirizar todas as atividades é outro absurdo que vai exterminar o emprego dos bancários. Se não nos fortalecermos no movimento, não vamos conseguir o sucesso nas negociações, principalmente, na mesa especifica da Caixa. Esse ano a diretoria já avisou que não vai contratar nenhum funcionário. Só neste primeiro semestre, teve mais de dois mil funcionários da Caixa desligados e não houve reposição. Só a luta nos garante”, lembrou Debora Zamboni.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa enfatizam que “a defesa da Caixa 100% pública tem sido prioridade para os trabalhadores do banco, que lutam contra o seu enfraquecimento e reivindicam que continue sendo protagonista do desenvolvimento econômico e social do país, a exemplo do que ocorreu nos últimos 12 anos. Os empregados da Caixa têm lutado por um banco cada vez mais forte e estratégico para o Brasil, oferecendo crédito aos cidadãos, estimulando o consumo e produção e, consequentemente, o crescimento da economia”.
7º dia de greve. Segunda-feira, 12 de setembro.
Centros administrativos: 8
Apucarana e região: 30
Arapoti e região: 33
Campo Mourão e região: 32
Cornélio Procópio e região: 34
Curitiba e região: 302
Guarapuava e região: 40
Londrina e região: 93
Paranavaí e região: 42
Toledo e região: 22
Umuarama e região: 55
Total: 683 agências