Acordo com minoritários do Bamerindus pode encerrar disputa judicial

Uma proposta de acordo entre acionistas minoritários do extinto Banco Bamerindus e o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), uma entidade controlada pelos próprios bancos, pode pôr fim ao litígio judicial aberto em 1997.

Os acionistas querem receber valores de perda de parte das ações verificada após intervenção do Banco Central, que culminou naquele mesmo ano na venda da instituição financeira ao HSBC.

A Associação Brasileira dos Investidores Minoritários do Grupo Bamerindus irá apresentar a proposta em Curitiba, no dia 22 deste mês, para homologação dos representantes dos 1.200 filiados. Eles reclamam perdas de R$ 55 milhões em valores atuais.

A proposta, que prevê retirada de ações na Justiça por parte dos minoritários, foi formulada pelo FGC.

Segundo a associação, o dinheiro da indenização aos minoritários viria de um leilão de ativos que compõem a massa falida do Bamerindus, conforme proposta do FGC.

Integrante da equipe de advogados da associação, James Marins diz que o Bamerindus tem “créditos fiscais relevantes” que podem ser levados a leilão para pagar a dívida com os minoritários.

O leilão, de acordo com o vice-presidente da associação, Jair Capristo, ainda não tem data para ser realizado, mas ele afirmou que a proposta de pôr fim ao litígio já teve boa repercussão entre os investidores da entidade. “Os acionistas estão satisfeitos. O caso mostrou o respeito dos direitos dos acionistas minoritários”, disse.

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