Ações das bancárias vão marcar o Mês da Mulher

Atos vão acontecer em várias cidades do país; Contraf-CUT organizará tuitaço

Neste mês de março, as bancarias estarão engajadas em várias ações para organizar a luta, neste momento em que a pandemia aprofunda a violência vivida pelas mulheres em seus lares e nas relações de trabalho. A estratégia será organizar junto com outras categorias, através da Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma série de ações para marcar o Mês da Mulher. Na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), as atividades serão organizadas pela Secretaria de Mulheres. São mobilizações reivindicando o fim da violência, vacinação já e emprego decente.

“Serão manifestações descentralizadas com atos em diversas cidades. Vamos ter ações de identidade visual, com as mulheres colocando lenços lilases nas janelas. Para as bancárias de grupo de risco e que precisam ficar no isolamento, pedimos que elas se envolvam nas atividades das redes sociais. Uma delas será o tuitaço que vamos fazer no 8 de Março”, explicou a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Elaine Cutis. “Estão programados também um vídeo da campanha e outras ações nas redes sociais. O esforço da secretaria é ampliar as manifestações e atos que serão realizados ao longo do mês”, explicou.

Tuitaço

O tuitaço será realizado na segunda-feira, 8 de Março, às 12h. A hashtag é #MulheresNaLutaPelaVida. Além do tuitaço, outra atividade é a de colocar lenços lilases nas janelas das residências. As atividades marcam uma história de lutas da categoria. “A categoria bancária sempre teve um forte protagonismo na luta em defesa dos direitos das mulheres. Fomos a primeira categoria que conquistou, em negociação com o setor patronal, uma clausula sobre igualdade de oportunidades. Temos uma mesa de negociação específica e permanente, onde debatemos de forma cotidiana questões relativas ao direito das mulheres. A mais recente conquista, o canal de combate à violência doméstica, mostrou o alto volume de mulheres que buscaram auxílio neste momento de pandemia. Isso aumenta nossa responsabilidade de aprimorar e ampliar este importante instrumento de apoio e denúncia”, afirmou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Elaine Cutis também destaca as dificuldades enfrentadas com o governo Bolsonaro. “O atual governo, com sua política negacionista, misógina e seu discurso conservador, também ameaça vários direitos tão duramente conquistados pelas mulheres, além de aprofundar a miséria e a fome em nosso país”, ressaltou a secretária. Para Elaine, é fundamental que todas as mulheres, dadas as restrições que exige o momento, estejam engajadas na luta para impedir que as desigualdades não mais se aprofundem e que não tenhamos retrocessos.

Plenária

Na sexta-feira passada (26/02), a Secretaria de Mulheres da Contraf-CUT organizou uma plenária virtual com bancárias para discutir as atividades do mês. Também participaram a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, além de presidentas de sindicatos e federações bancárias de todo o país. Estiveram presentes, ainda, a deputada federa Érika Kokay (PT-DF) e a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT-MG). Érika foi a primeira presidenta de um sindicato da categoria no país e Beatriz, a primeira presidenta da CUT de Minas Gerais.

“A plenária destacou a importância da vacinação, principalmente para as mulheres. São elas que são em maior número entre os trabalhadores da saúde, são elas que cuidam das crianças e dos idosos. O Março de Luta vai destacar a importância do emprego decente para as mulheres, na luta contra a miséria e a pobreza que atinge o nosso país. A maioria das mulheres está desempregada, muitas estão em trabalhos informais, completamente precarizados. A Contraf-CUT vai mostrar que as mulheres estão se mobilizando em todo o país em torno das pautas feministas”, disse a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

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