A agência Olinda do ABN Real, na Av. Presidente Vargas, terá a abertura retardada até o meio dia desta quarta-feira, 21 de maio. Dirigentes do Sindicato lacraram a unidade em protesto pela falta de pessoal, más condições de trabalho e mau atendimento traduzidos em sobregacarga de serviço, e filas e mais filas. A manifestasão visa buscar o apoio de clientes e da sociedade para, juntos, cobrarem do banco mais contratação de pessoal e respeito às leis trabalhistas e do consumidor.
Filas, espera e muita tarifa. Esta é a realidade que clientes e usuários de serviços bancários conhecem de perto. O que talvez não saibam, ou não se dêem conta, é que se isso é ruim para ele, pior ainda é para o bancário que o atende. Poucos trabalhadores e muita gente para atender resultam em pressão, horas extras e adoecimento.
Acontece em todo e qualquer banco. Mas alguns conseguem ser piores do que outros. O ABN Real é um exemplo. Em Pernambuco, seus trabalhadores são os que mais adoecem. Sobra trabalho para pouca mão-de-obra. Até gerente e supervisor são obrigados a ir para o caixa para suprir a deficiência de pessoal. Falta gente até para atender o telefone. O prejuízo, mais uma vez, sobra para os bancários, e também para os clientes.
O banco, além disso, não cumpre as leis trabalhistas. Sobrecarrega seus empregados com trabalho para além da jornada regular, e se recusa a pagar horas extras. Obriga o trabalhador a folgar para compensar as horas trabalhadas a mais. Com isso, aumenta ainda mais a carga para os demais e a incidência de doenças do trabalho.
Há o chamado banco de horas, que no ABN é coisa de louco. Não há planejamento para a compensação de horas. O bancário sai de casa, chega na agência, e recebe o aviso de que teria que folgar pra compensar hora extra. Inventaram até um banco de horas negativo. Se o trabalhador tem duas horas pra compensar e recebe um aviso pra folgar em determinado dia, fica devendo tempo de trabalho ao banco.
