(São Paulo) Durante as negociações desta quinta-feira, os bancários cobraram do ABN/Real mais contratações e, também, explicações sobre as demissões anunciadas pela mídia em escala mundial. O banco justificou aos representantes dos trabalhadores que está num processo de redução de custos, mas garantiu que não haverá eliminação de postos de trabalho no Brasil.
“O ABN disse que vai reduzir custo por outros meios, como a realocação de funcionários e otimização dos recursos. A direção nos garantiu que não haverá demissões em massa. Nós ressaltamos que a situação financeira e o índice de eficiência do banco aqui no Brasil estão acima da média do grupo no restante do mundo e que não é aqui que o banco deve reduzir empregos. Pelo contrário, os bancários do ABN/Real estão em campanha por mais contratações”, disse Carlos Cordeiro, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Segundo a mídia, o grupo ABN/Amro anunciou 2.400 demissões em todos os países que atua para reduzir custos. Ainda em maio, os representantes dos trabalhadores se reúnem com o banco para discutir a questão do emprego no ABN/Real.
Prosevvi
Os representantes dos bancários também cobraram uma solução para o problema dos empregados da Proservv, a empresa terceirizada que presta serviços para o ABN/Real. Esses funcionários estão em greve em alguns locais e o ABN tem sobrecarregado seus bancários nas agências obrigando-os a fazer muitas horas extras.
“A extrapolação da jornada tem que acabar, os funcionários do ABN não podem continuar com todo este trabalho extra. Também queremos que o banco valorize os empregados da Proservvi, pois é o co-responsável por eles. Cobramos uma solução rápida e o ABN alegou que está tentando resolver o problema. Esperamos que esta solução venha ao encontro do que já apontamos para a empresa em negociações anteriores”, afirmou Marcelo Gonçalves, diretor do Sindicato de São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT